É um distúrbio neurológico que faz com que o estímulo de um sentido cause reações em outro, criando uma bagunça sensorial entre visão, olfato, audição, paladar e tato. Exemplo: para um sinesteta, o número 5 pode ser verde, a segunda-feira pode ter gosto adocicado e um solo de guitarra pode produzir imagens de bolhas fosforescentes. Não é considerada uma doença mental e sim uma maneira diferente de interpretação cerebral. Acredita-se que uma em cada duas mil pessoas podem ser sinestésicos.
A maioria das pessoas recebe os estímulos externos e os processa em paralelo no cérebro: isso quer dizer que, um objeto visto segue uma rota específica até o córtex visual. No cérebro dos sinestetas essas trilhas se cruzam, gerando a maior confusão no processamento da informação. É um processo involuntário. Já foram catalogadas 61 tipos de sinestesia, mas as causas ainda são desconhecidas, sabendo-se apenas que a genética tem a ver com isso, sendo comuns em algumas famílias, e muitas vezes nas mulheres e pessoas canhotas. A primeira pessoa diagnosticada com sinestesia foi uma criança de quatro anos em 1922.
A confusão entre os sentidos também pode acontecer por outros motivos, como nas alucinações pelo uso de drogas, sendo nesses casos a bagunça cerebral aleatória, enquanto para um sinesteta um tipo de confusão cerebral será sempre a mesma.
Fonte: mundoestranho.abril.com.br