Seu nome de nascimento era Maria Salome
Sklodowska e seu apelido era Manya.
Nasceu na Polônia, em 7 de setembro de 1867,
e com três irmãs e um irmão teve uma infância com muitas dificuldades. Filha de
professor de física e matemática, Wladyslaw Sklodowski e da cantora, pianista e
professora Bronsilawa Boguska, caçula de cinco filhos, aos onze anos perde a
mãe, vítima da tuberculose e sua irmã mais velha morre de tifo.
Sua família vivia na Varsóvia, capital da
Polônia. Na época, a Polônia estava dominada pela Rússia e era proibido a todos
os poloneses aprender a história de seu país e até mesmo falar polonês. Nas
escolas só aprendia o que os Russos ordenavam.
Marie dentre outros poloneses, defendiam a
liberdade da Polônia e consequentemente resistiam à dominação dos estrangeiros.
Marie forma-se no ensino médio aos 15 anos.
Sonhava em estudar matemática e ciências, mas a família muito pobre na época
não tinha dinheiro para mandá-la para outro país, pois na Polônia, mulher não
podia estudar em universidade.
Sai de casa aos 16 anos e começa a trabalhar
cuidando de crianças e como governanta, para arranjar dinheiro e pagar seus
estudos. Em 1891, aos 24 anos, muda para Paris e, mesmo sendo uma estudante
pobre, obtém o grau de bacharel pela universidade Soubornne, em Física em
primeiro lugar, e em Matemática, em segundo lugar.
Após formar-se, começa a procurar um lugar
para trabalhar, quando visita o laboratório de um jovem físico francês, Pierre
Curie, fascinado pela ciência. Começaram a trabalhar juntos, se apaixonaram e
se casram em 1895.
Após o casamento passa a se chamar Marie
Sklodowska Curie. Tiveram duas filhas, Irene e Ève. Pierre morreu atropelado,
em 1906. Mesmo sendo jovem na época, Marie nunca mais se casou, dedicando-se
ainda mais à ciência.
No ano do casamento de Marie, um cientista
chamado Roentgen descobre os raios X, uma radiação parecida com a luz visível,
mas com muito mais energia. No ano seguinte, Henri Becquerel, outro cientista,
descobre que o elemento químico urânio, emitia uns raios misteriosos que
deixavam marcas em uma chapa fotográfica. Como ninguém sabia que raios eram
aqueles, Marie resolveu entender de onde vinham esses raios, de que eram feitos
e como se comportavam. Junto com Pierre e outros cientistas, ela consegue o que
queria.
Marie e
Pierre, em 1898, descobriram o polônio, um novo elemento radioativo, 400 vezes
mais poderoso que o urânio. Depois, descobriram o rádio, elemento ainda mais
ativo que o polônio. Após as essas descobertas, Marie, batizou as propriedades de alguns átomos de emitir raios de "radioatividade", dedicando toda a sua vida para entendê-los e de como poderiam ser úteis para as pessoas.
Marie dedicou muitos anos de trabalho para
produzir uma quantidade muito pequena de rádio.
Por causa de suas descobertas, Marie ganhou
junto com o marido Pierre e com Becquerel, o prêmio Nobel de Física, em 1903.
Em 1906, tornou-se a primeira mulher a ser
professora na Universidade de Paris. Em 1911, ganhou o Nobel de Química, sendo
a primeira mulher a receber dois prêmios Nobel.
Todas as pesquisas de Marie abriram uma nova
área da ciência e medicina, especialmente em tratamentos de câncer.
Sua filha Irene, seguiu seus passos, trabalhando
como assistente no Instituto Radium de Paris, criado por Marie, tornando-se uma
importante cientista. Irene e o marido Frédéric, em 1935, também ganharam o
prêmio Nobel, por mostrarem que os elementos radioativos podem ser produzidos
artificialmente.
Na I Guerra Mundial, Marie decidiu que podia
ajudar as pessoas de alguma forma, montando ambulâncias com aparelhos de raio X
para ajudar os soldados feridos.
Participou de campanhas pela paz entre os
povos, junto com Albert Einstein. Esteve no Brasil em 1926, dando palestras,
sobre radioatividade e a importância da mulher na ciência.
Em 1934 morre Marie, de uma doença (anemia aplástica) que provavelmente teria sido causada pelas radiações que sofreu com os materiais radioativos e com os raios X. Foi sepultada ao lado do marido Pierre, no Panthéon, em Paris, uma honra que só os maiores heróis do país recebem.
Fontes: revista ciência hoje (nº225); www.brasilescola.com; www.infoescola.com.br.
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