segunda-feira, 9 de julho de 2012

Marie Curie...

   Seu nome de nascimento era Maria Salome Sklodowska e seu apelido era Manya.
   Nasceu na Polônia, em 7 de setembro de 1867, e com três irmãs e um irmão teve uma infância com muitas dificuldades. Filha de professor de física e matemática, Wladyslaw Sklodowski e da cantora, pianista e professora Bronsilawa Boguska, caçula de cinco filhos, aos onze anos perde a mãe, vítima da tuberculose e sua irmã mais velha morre de tifo.
   Sua família vivia na Varsóvia, capital da Polônia. Na época, a Polônia estava dominada pela Rússia e era proibido a todos os poloneses aprender a história de seu país e até mesmo falar polonês. Nas escolas só aprendia o que os Russos ordenavam.
   Marie dentre outros poloneses, defendiam a liberdade da Polônia e consequentemente resistiam à dominação dos estrangeiros.
   Marie forma-se no ensino médio aos 15 anos. Sonhava em estudar matemática e ciências, mas a família muito pobre na época não tinha dinheiro para mandá-la para outro país, pois na Polônia, mulher não podia estudar em universidade.
   Sai de casa aos 16 anos e começa a trabalhar cuidando de crianças e como governanta, para arranjar dinheiro e pagar seus estudos. Em 1891, aos 24 anos, muda para Paris e, mesmo sendo uma estudante pobre, obtém o grau de bacharel pela universidade Soubornne, em Física em primeiro lugar, e em Matemática, em segundo lugar.
   Após formar-se, começa a procurar um lugar para trabalhar, quando visita o laboratório de um jovem físico francês, Pierre Curie, fascinado pela ciência. Começaram a trabalhar juntos, se apaixonaram e se casram em 1895.
   Após o casamento passa a se chamar Marie Sklodowska Curie. Tiveram duas filhas, Irene e Ève. Pierre morreu atropelado, em 1906. Mesmo sendo jovem na época, Marie nunca mais se casou, dedicando-se ainda mais à ciência.
   No ano do casamento de Marie, um cientista chamado Roentgen descobre os raios X, uma radiação parecida com a luz visível, mas com muito mais energia. No ano seguinte, Henri Becquerel, outro cientista, descobre que o elemento químico urânio, emitia uns raios misteriosos que deixavam marcas em uma chapa fotográfica. Como ninguém sabia que raios eram aqueles, Marie resolveu entender de onde vinham esses raios, de que eram feitos e como se comportavam. Junto com Pierre e outros cientistas, ela consegue o que queria.
   Marie e Pierre, em 1898, descobriram o polônio, um novo elemento radioativo, 400 vezes mais poderoso que o urânio. Depois, descobriram o rádio, elemento ainda mais ativo que o polônio. Após as essas descobertas, Marie, batizou as propriedades de alguns átomos de emitir raios de "radioatividade", dedicando toda a sua vida para entendê-los e de como poderiam ser úteis para as pessoas.
   Marie dedicou muitos anos de trabalho para produzir uma quantidade muito pequena de rádio.
   Por causa de suas descobertas, Marie ganhou junto com o marido Pierre e com Becquerel, o prêmio Nobel de Física, em 1903.
   Em 1906, tornou-se a primeira mulher a ser professora na Universidade de Paris. Em 1911, ganhou o Nobel de Química, sendo a primeira mulher a receber dois prêmios Nobel.
   Todas as pesquisas de Marie abriram uma nova área da ciência e medicina, especialmente em tratamentos de câncer.
   Sua filha Irene, seguiu seus passos, trabalhando como assistente no Instituto Radium de Paris, criado por Marie, tornando-se uma importante cientista. Irene e o marido Frédéric, em 1935, também ganharam o prêmio Nobel, por mostrarem que os elementos radioativos podem ser produzidos artificialmente.
   Na I Guerra Mundial, Marie decidiu que podia ajudar as pessoas de alguma forma, montando ambulâncias com aparelhos de raio X para ajudar os soldados feridos.
   Participou de campanhas pela paz entre os povos, junto com Albert Einstein. Esteve no Brasil em 1926, dando palestras, sobre radioatividade e a importância da mulher na ciência.
   Em 1934 morre Marie, de uma doença (anemia aplástica) que provavelmente teria sido causada pelas radiações que sofreu com os materiais radioativos e com os raios X. Foi sepultada ao lado  do marido Pierre, no Panthéon, em Paris, uma honra que só os maiores heróis do país recebem. 

Fontes: revista ciência hoje (nº225); www.brasilescola.com; www.infoescola.com.br. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário