domingo, 4 de dezembro de 2011

Pérolas... Como se formam...

   A pérola é o resultado de uma reação natural do molusco contra invasores externos, como certos parasitas que procuram reproduzir-se em seu interior. Para isso, esses organismos perfuram a concha e se alojam no manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra.
   Então, a pérola é o resultado de uma espécie de defesa do organismo do molusco a um invasor - organismo externo que pode ser desde um grão de areia até um parasita
   Nem todas as ostras formam pérolas, somente as perlíferas que fazem parte das famílias Pteriidae (de água salgada) e Unionidae (de água doce). E também não são todas as pérolas que têm valor comercial - apenas as que saem bem redondinhas. A maioria delas, porém, cresce grudada na concha da ostra, como se fosse uma verruga, e fica em formato de meia esfera, o que tira dela a chance de ser vendida.

   MECANISMO DE PROTEÇÃO
1. A entrada de "invasores", como vermes e plânctons, grãos de areia, pedaços de rocha ou coral, gera uma espécie de irritação - um processo que a ostra usa para se defender desse novo organismo.

2. Essa reação visa defender o manto, um tecido muito fino, com várias linhas musculares, presente em ostras e mariscos. Ele cobre todo o corpo do animal e protege seus órgãos, como coração e intestinos, chamados de "partes moles".

3. O manto cobre o invasor com várias camadas de uma substância chamada madrepérola, ou nácar, composta de carbonato de cálcio (cerca de 93%), água, proteína (conchiolina) e partículas que dão, por exemplo, a cor à pérola

4. O processo leva em média três anos. Não há tamanho máximo alcançado por uma pérola: ela geralmente é retirada com 12 mm de diâmetro, mas seria capaz de atingir até cerca de 3 cm. Mais do que isso, poderia deformar a concha e matar a ostra.

   Até o século XVII, não existia tecnologia para polir pedras preciosas como rubis e esmeraldas, por isso as pérolas eram um dos maiores símbolos de riqueza e poder, usadas como adorno nas mais valiosas jóias da época.
      Substâncias presentes na água também podem ser incorporadas à pérola, por isso sua cor varia de acordo com o ambiente, gerando as mais diversas tonalidades. A pérola é a única gema de origem animal.
   A cor da pérola varia conforme as condições ambientais e a saúde da ostra: as mais comuns são rosa, creme, branca, cinza e preta.
   Só 2% das pérolas são redondas. E elas têm várias cores
- A cor rosa, vermelha ou azul deve-se a detritos, proteínas ou à cor interna da concha. A mais rara é a negra, do Tahiti e das ilhas Cook.
- As pérolas mais comuns são as semirredondas. Ainda há as que crescem em forma de lágrima, gota, cone ou a barroca, bem irregular
- Dá para cultivar pérolas: uma bolinha de plástico ou um pedaço de molusco são colocados na ostra para provocar o processo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário