domingo, 30 de outubro de 2011

Os 10 vulcões mais destruidores da história...

   A ciência melhorou com os anos, sim, e muito, mas ainda assim, não dá pra arriscar morar em áreas de atividade vulcânica. Tanto criaturas pré-históricas quanto seres humanos modernos nem sempre tiveram tempo o suficiente de alerta para escapar antes de um vulcão explodir ao seu redor, às vezes destruindo praticamente tudo a sua volta. Confira algumas das maiores e mais destrutivas erupções vulcânicas que já ocorreram na Terra:

1 – Planalto de Deccan, Índia
   Deccan Traps são um conjunto de campos de lava na região do Planalto de Deccan, no que hoje é a Índia. Os campos de lava cobrem uma área de cerca de 1,5 milhões de quilômetros quadrados, e estiveram envolvidos em uma série de erupções vulcânicas colossais que ocorreram entre 63 e 67 milhões de anos atrás.
   O momento das erupções coincide mais ou menos com o desaparecimento dos dinossauros, a extinção em massa do período Cretáceo-Terciário. Evidências vulcânicas para a extinção dos dinossauros se formaram nos últimos anos, embora o apoio de muitos cientistas na ideia de que um impacto de um asteroide é o que os exterminou.
   Acima, é uma foto aérea da cratera Lonar na Índia, que repousa no interior do Planalto de Deccan, a planície vulcânica de basalto maciço de rocha que sobrou da erupção.

2 – Parque Nacional de Yellowstone, EUA
   A história do que é hoje o Parque Nacional de Yellowstone é marcada por muitas erupções enormes, sendo a mais recente delas ocorrida há cerca de 640.000 anos.
   Quando este super vulcão gigantesco explodiu, enviou cerca de mil quilômetros cúbicos de material para o ar. As erupções deixaram para trás campos de lava endurecidos e caldeiras, depressões que se formam no chão quando o material abaixo irrompe à superfície.
   As câmaras de magma de Yellowstone também fornecem ao parque um dos seus símbolos duradouros, seus gêiseres (água aquecida pelo magma quente flui debaixo da terra).
   Alguns pesquisadores previram que o super vulcão vai explodir mais uma vez, um evento que iria cobrir até metade do país em cinzas de até 1 metro de profundidade. O vulcão parece entrar em atividade uma vez a cada 600.000 anos, embora seja impossível saber ao certo se ele vai explodir novamente. Recentemente, porém, tremores foram registrados na área de Yellowstone.

3 – Thera, Santorini, Grécia
   Embora a data da erupção do vulcão Thera não seja conhecida com certeza, os geólogos pensam que ele explodiu com a energia de várias centenas de bombas atômicas em uma fração de segundo.
   Não existem registros escritos da erupção, mas os geólogos acreditam que pode ter sido a mais forte explosão já vista na Terra. A ilha que acolheu o vulcão, Santorini (parte de um arquipélago de ilhas vulcânicas), tinha sido o lar de membros da civilização minóica, embora haja algumas indicações de que os habitantes da ilha do vulcão suspeitavam que ele iria explodir e evacuaram.
   Mas, apesar dos moradores poderem ter escapado, há motivos para especular que o vulcão perturbou fortemente a cultura, com tsunamis e declínios de temperatura causados pela enorme quantidade de dióxido de enxofre que expeliu na atmosfera e alterou o clima. Na foto, você pode ver a ilha vulcânica de Santorini como parece agora.

4 – Monte Vesúvio, Itália
   Monte Vesúvio é um estratovulcão que se encontra a leste do que hoje é Nápoles, Itália. Estratovulcões são estruturas cônicas altas e íngremes que, periodicamente, explodem e são comumente encontradas onde uma placa tectônica da Terra está submergindo abaixo de outra, produzindo magma ao longo de uma zona particular.
   A erupção mais famosa do Vesúvio é aquela que enterrou as cidades romanas de Pompeia e Herculano em rocha e poeira no ano de 79, matando milhares de pessoas. As cinzas preservaram algumas estruturas da cidade, bem como esqueletos e artefatos que têm ajudado os arqueólogos a entender melhor a cultura romana antiga.
   O Vesúvio é também considerado por alguns como o vulcão mais perigoso do mundo hoje, com uma erupção massiva que ameaçaria mais de 3 milhões de pessoas que vivem na área. A última erupção do vulcão foi em 1944.

5 – Laki, Islândia
   A Islândia tem muitos vulcões que surgiram ao longo da história. Uma explosão notável foi a erupção do vulcão Laki, em 1783. Na foto, é a ilha Laki, hoje em dia.
   A erupção de 1783 libertou gases vulcânicos que foram levados pela corrente do Golfo para a Europa. Nas ilhas britânicas, muitos morreram de intoxicação por gás. O material vulcânico enviado para o ar também criou pôr dos sóis ardentes, registrados por pintores do século 18.
   Danos às culturas e perda de gado lançou a fome na Islândia, que resultou na morte de um quinto da população. A erupção vulcânica, como muitas outras, também influenciou o clima do mundo, conforme as partículas que enviou para a atmosfera bloquearam alguns dos raios do sol.

6 – Monte Tambora, Indonésia
   A explosão do Monte Tambora é a maior já registrada por seres humanos, qualificada como 7 (ou “super colossal”) no Índice de Explosividade Vulcânica, a segunda colocação mais alta no índice.
   O vulcão, que ainda está ativo, está localizado na ilha de Sumbawa e é um dos picos mais altos do arquipélago indonésio. A erupção atingiu o seu pico em abril de 1815, quando explodiu tão alto que foi ouvida na ilha de Sumatra, mais de 1.930 quilômetros de distância. O número de mortos da erupção foi estimado em 71.000 pessoas, e nuvens de cinzas pesadas desceram sobre ilhas distantes. A enorme caldeira formada pela erupção de Tambora, em 2009, tem 6 quilômetros e 1.100 metros de profundidade.

7 – Krakatoa, Indonésia
   Os rumores que precederam a erupção final do Krakatoa nas semanas e meses do verão de 1883 finalmente chegaram ao clímax em uma enorme explosão em 26/27 de abril.
   A erupção explosiva deste vulcão, situado ao longo de um arco de ilhas vulcânicas na zona de subducção da placa indo-australiana, ejetou enormes quantidades de rocha, cinzas e pedra-pomes e foi ouvida a milhares de quilômetros de distância.
   A explosão também criou um tsunami, cuja máxima altura das ondas chegou a 40 metros e matou cerca de 34.000 pessoas. Medidores de maré registraram que mesmo cerca de 11.000 quilômetros de distância na península Arábica houve aumento na altura das ondas.
   Enquanto a ilha que outrora abrigava Krakatoa foi completamente destruída na erupção, novas erupções em dezembro de 1927 construíram o cone Anak Krakatau (“Filho de Krakatoa”), no centro da cratera produzida pela erupção em 1883.

8 – Novarupta, Alasca
   A erupção do Novarupta – um vulcão de uma cadeia de vulcões na península do Alasca, parte do Anel de Fogo do Pacífico – foi a maior explosão vulcânica do século 20.
   A erupção poderosa enviou 12,5 quilômetros cúbicos de magma e cinzas no ar, que cobriram uma área de 7.800 quilômetros quadrados e mais de um metro de profundidade. A explosão foi tão poderosa que drenou magma sob um outro vulcão, o Monte Katmai, alguns quilômetros a leste, fazendo com que o cume do Katmai entrasse em colapso e formasse uma caldeira. A foto, mostra uma geleira sobre Novarupta.

9 – Monte St. Helens, EUA
   O Monte St. Helens, localizado a cerca de 154 quilômetros de Seattle, é um dos vulcões mais ativos dos Estados Unidos. Sua erupção mais conhecida foi a 18 de maio de 1980, que matou 57 pessoas e causou danos a dezenas de quilômetros ao redor.
   Ao longo do dia, os ventos dominantes sopraram 520 milhões de toneladas de cinzas para o leste através dos Estados Unidos e causaram a mais completa escuridão em Spokane, Washington, a centenas de quilômetros do vulcão.
   O vulcão explodiu uma coluna de cinzas e poeira de 24 quilômetros para o ar em apenas 15 minutos; algumas dessas cinzas foram posteriormente depositadas sobre o solo em 11 estados. A erupção foi precedida por uma protuberância de magma na face norte do vulcão, e a erupção fez com que essa face norte inteira deslizasse – o maior deslizamento de terra já registrado na história. Em 2004, o pico voltou à vida e vomitou mais de 100 milhões de metros cúbicos de lava, juntamente com toneladas de rocha e cinzas.

10 – Monte Pinatubo, Filipinas
   Esse é outro estratovulcão, localizado em uma cadeia de vulcões em uma zona de subducção. A erupção cataclísmica de Pinatubo foi uma erupção explosiva clássica. A erupção expulsou mais de 5 quilômetros cúbicos de material no ar e criou uma coluna de cinzas que se levantou por 35 quilômetros.
   As cinzas se acumularam tanto que alguns telhados desmoronaram sob o peso. A explosão também gerou milhões de toneladas de dióxido de enxofre e outras partículas no ar, que se espalharam ao redor do mundo por correntes de ar e fizeram a temperatura global cair cerca de 0,5 graus Celsius ao longo do ano seguinte.

Fonte: http://hypescience.com

Observação: Dedico essa postagem a todos os meus alunos do 4º ano, em homenagem a dedicação e compromisso na elaboração da simulação de um vulcão. Parabéns a todos, e continuem sendo esses alunos maravilhosos que são. Um enorme beijo de sua professora Lídia Cecília.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Três alimentos perigosos para se comer...

   Sabe-se que qualquer alimento pode ser contaminado, e, aliás, os benefícios e malefícios das comidas são um assunto muito debatido.
   Segue a informação de três alimentos realmente arriscados, os quais você deveria evitar completamente.  
   Conheça-os:

          Leite Cru       
   
   Fãs de leite cru (que significa que ele não foi pasteurizado ou homogeneizado) dizem que ele tem mais bactérias benéficas e enzimas do que suas contrapartes processadas, mas a ciência não provou qualquer uma dessas alegações.
   E o leite cru pode ser contaminado de várias maneiras: ao entrar em contato com fezes de vaca ou bactérias que vivem sobre a pele de vacas, a partir de uma infecção do úbere da vaca, ou de equipamentos sujos, entre outros.
   O processo de aquecimento especial que conhecemos como pasteurização é a única forma eficaz de matar a maioria, senão todas, as bactérias prejudiciais, que podem incluir salmonela, listeria, e E. coli.
   Nos EUA, 86 surtos de alimentos relataram intoxicação com leite cru entre 1998 e 2008, resultando em 1.676 doenças, 191 hospitalizações e duas mortes.
   O leite cru é responsável por quase três vezes mais hospitalizações do que qualquer surto de doença de origem alimentar. Não é de admirar que a venda de leite cru seja ilegal em cerca de metade dos estados dos EUA.

          Broto Cru

   Nos EUA, houve pelo menos 30 surtos de doenças transmitidas por alimentos a partir de brotos crus ou levemente cozidos desde 1996. Todos os tipos de broto podem ser perigosos quando não completamente cozidos.
   Isto é, em grande parte por causa de como eles crescem, que oferece as condições perfeitas para as bactérias (como a salmonella ou E. coli ) se multiplicarem.
   Evite comer fora de casa, já que você não pode saber o quão bem eles foram cozidos. E os ferva antes de comê-los. Pesquisas mostram que você pode matar a salmonela por imersão de couve contaminada em água fervente por cinco segundos.

          Ostras cruas do Golfo do México

   Todo mundo sabe que comer mariscos crus pode ser arriscado (e totalmente desaconselhável), mas os do Golfo do México são ainda piores.
   As águas no Golfo são mais quentes que as do noroeste do Pacífico e outros pontos populares do fruto do mar, tornando possível que uma bactéria chamada Vibrio vulnificus prospere.
   “A ostra é um filtro, o que significa que concentra todos os contaminantes na água”, explica William E. Keene, epidemiologista americano. “Uma série de toxinas podem entrar em uma ostra, mas nenhuma é remotamente tão ruim quanto Vibrio vulnificus”.
   Pessoas saudáveis que ingerem V. vulnificus podem ter vômitos, diarreia e dor abdominal, mas para qualquer pessoa com um sistema imunológico comprometido, ele pode infiltrar-se na corrente sanguínea, causando uma doença grave e potencialmente fatal chamada septicemia (com chance de morte em um terço dos casos). E ter uma condição médica pré-existente o coloca em risco particular de ficar terrivelmente doente.

sábado, 22 de outubro de 2011

Como os animais navegam pelo campo magnético da Terra...

   Alguns pesquisadores acreditam que certos animais usam bússolas internas próprias para se localizar nas migrações e grandes deslocamentos. Mas, para algumas pessoas, isso é pura fantasia. Agora, há boas evidências de que muitas espécies – incluindo pombos, tartarugas, galinhas, ratos, e possivelmente o gado – podem detectar o campo geomagnético da Terra, às vezes com uma precisão surpreendente.
   As jovens tartarugas-cabeçudas, por exemplo, lêem o campo magnético da Terra para ajustar a direção em que nadam. Com a ajuda do sensor magnético, elas ficam sempre em águas quentes durante a primeira migração ao redor da borda do Atlântico Norte.
   Com o tempo, elas parecem construir um mapa magnético mais detalhado, aprendendo a reconhecer as variações na intensidade e direção das linhas de campo, que são posicionadas mais acentuadamente em direção aos pólos e mais planamente no equador magnético.
   O que não se sabe, entretanto, é como elas sentem o magnetismo. Parte do problema é que os campos magnéticos podem atravessar os tecidos biológicos sem os alterar, de modo que os sensores poderiam, teoricamente, estar localizados em qualquer parte do corpo. Além disso, a detecção poderia não precisar de uma estrutura especializada para isso, mas acontecer a partir de uma série de reações químicas.
   Mesmo assim, muitos pesquisadores acreditam que os receptores magnéticos existem na cabeça das tartarugas e de outros animais. Eles poderiam ser baseados em cristais de magnetita, que se alinham com o campo magnético da Terra. Esse mineral já foi encontrado em algumas bactérias e em peixes como o salmão e a truta-arco-íris – que também parecem controlar o campo magnético da Terra à medida que migram.
   Mas como uma tartaruga sabe o caminho correto em uma viagem de 14 mil quilômetros pelo oceano a partir dessa hipótese? Alguns pesquisadores apostam que a cabeça do animal seria puxada para o lado correto. Imagine que você está nadando, e quando você vai para o leste, a sua cabeça é puxada para o oeste – é mais ou menos essa a sensação que sentiriam as tartarugas.
   Essa é uma das possibilidades. A outra é que pode haver fotopigmentos nos olhos dos animais, conhecidos como criptocromos, que detectam o campo magnético quimicamente e fornecem “dicas visuais” que podem ser usadas como uma espécie de bússola. Se for assim, o animal poderia ver o campo magnético através de padrões de mudanças, como um conjunto de luzes ou cores que se alteram dependendo da direção.
   Há algumas evidências de que este pode ser o caso, pelo menos em alguns tipos de animais. Os criptocromos são encontrados na retina de aves migratórias e parecem ser ativados quando as aves estão voando e usando o campo magnético. Além disso, as células contendo criptocromo se conectam com uma região do cérebro que, quando removida, impede a habilidade da ave navegar pelo campo magnético.
   Há uma esperança muito grande entre os pesquisadores do assunto, pois, recentemente foi descoberto que moscas de fruta e peixes-zebra podem detectar campos magnéticos.
   Seus cérebros menores e menos complexos tornarão os estudos mais simples do que os que são feitos com as tartarugas selvagens e pombos. Quem sabe, em breve, pesquisadores descubram que espécie de bússola ou mapa está presente (e bem escondida) no corpo dos animais.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pau-Brasil...

Nome Científico: Caesalpinia echinata
Família: Leguminosae-caesalpinoideae
Origem: Mata Atlântica
Nomes Populares: ibirapitanga, orabutã, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, pau-rosado e pau-de-pernambuco.

   O nome Pau-Brasil é conhecido popularmente para designar as várias espécies de árvores do gênero Caesalpinia encontradas na região da Mata Atlântica.
   Essa árvore tem um grande referencial em nossa história. No período de colonização, foi explorado descontroladamente, sendo o principal ponto da economia do país, sendo exportada para a Europa, para se extrair uma tinta vermelha usada para colorir roupas, e para a utilização de sua madeira na fabricação de móveis e navios.
   Jean Baptiste Lamarck (1744-1829), naturalista francês, precursor das idéias pré-darwinistas sobre a evolução, foi o primeiro a especificar características para o Pau-Brasil. Em estudo realizado, Lamarck, apresentou o Pau-Brasil como uma árvore contendo espinhos em seu tronco e galhos duros e pontiagudos, destacando-se naturalmente no tronco. Sua casca é pardo-acinzentada ou pardo-rosada em suas partes salientes, seu miolo é vermelho, chegando a atingir até 40 metros de altura. As flores possuem pétalas amarelo-ouro, sendo uma delas denominada vexílio, por possuir matiz vermelho-púrpura e suas flores serem muito ornamentais. Seu fruto – a vagem – libera sementes, medindo de 1 a 1,5 cm de diâmetro.
   Várias eram as utilidades do Pau-Brasil. Os índios usavam na produção de seus arcos e flechas e na pintura de enfeites, antes mesmo dos portugueses aqui chegarem. Porém, a famosa brasileína – essência corante extraída da madeira, utilizada no tingimento de tecidos e na produção de tintas para desenho e pintura – era o que poderia render lucros e dividendos à Coroa. O Pau-Brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado por esta.
   O fim do ciclo econômico do Pau-Brasil ocorreu no século XIX, pela enorme carência da espécie nas matas e pela descoberta de um corante não natural correlativo. Do início de sua exploração até os dias atuais, restou somente 3% de Floresta Atlântica.
   O Pau-Brasil é considerado uma árvore em extinção no seu habitat natural, devido a sua história de extração predatória. Existe lei federal que considera crime ambiental o corte ilegal desta árvore. A Lei nº 6.607, de 07 de dezembro de 1978 (publicada do Diário Oficial da União em 12 de dezembro de 1978) declara o Pau-Brasil Árvore Nacional.

          Curiosidades
- Sua floração ocorre do final do mês de setembro até meados de outubro. Entre os meses de novembro e janeiro ocorre a maturação dos frutos.
- O pau-brasil era considerado extinto, quando em 1928 verificou-se a existência de uma árvore de Pau-Brasil em um lugar denominado Engenho São Bento, hoje Estação Ecológica da Tapacurá, pertencente à Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRP).
- Atualmente, a espécie está tão ameaçada quanto diversas outras que povoam a Mata Atlântica, que apesar de ser um dos ecossistemas de maior diversidade é também um dos mais ameaçados do planeta. Para que a árvore do Pau-Brasil, tão importante para a nossa história, não se torne desconhecida, o Jardim Botânico de São Paulo implantou, em 1979, um “bosque de pau-brasil”, na intenção de preservá-lo para que mais brasileiros conheçam esta espécie.

domingo, 16 de outubro de 2011

Quantas bactérias temos em nosso corpo...

  
   O suficiente para encher um prato grande de sopa. “Isso é 1,36 a 2,27 quilos de bactérias”, diz Lita Proctor, que estuda as comunidades de bactérias que vivem sobre e em nós.
   As células de bactérias em nosso corpo superam as células humanas em 10 para 1, diz Lita. Porém, como elas são muito menores do que as células humanas, representam apenas cerca de 1 a 2% da massa do nosso corpo, embora componham cerca de metade dos nossos resíduos corporais.
   A quantidade de bactérias que carregamos no corpo não era bem catalogada até recentemente. Em julho, a Universidade Estadual da Carolina do Norte, EUA, estudou quantos micróbios tínhamos em nosso umbigo, e os cientistas encontraram cerca de 1.400 diferentes cepas de bactérias em 95 participantes. Destas, 662 amostras eram previamente desconhecidas.
   Agora, uma nova instituição sem fins lucrativos, chamada MyMicrobes, quer conectar as pessoas através de uma rede social exclusivamente para falar e comparar experiências com bactérias (especificamente as gastrointestinais)

Fonte: http://hypescience.com

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Descobertas duas novas espécies de sapos na Austrália...

   Anfíbios encontrados no extremo norte do país. Segundo cientistas, eles são adaptados para viver em rochas.
   Duas novas espécies de sapos que vivem na floresta do Cabo York, no norte da Austrália, foram descritas em edição recente da revista “Zootaxa”. Elas foram batizadas de Cophixalus kulakula e Cophilaxus pakayakulangun, e são parentes próximas entre si, embora vivam em lugares distintos.
   Por outro lado, as espécies não se assemelham a outras espécies da região, o que leva a crer que tenha evoluído isoladamente – tão isoladas que sequer a população de aborígenes da área as conhecia.
   Suas patas grandes e longas demonstram que os sapos estão adaptados a viver em rochas. Para a família a que pertencem, são relativamente grandes – medem cerca de 4 centímetros de comprimento. Seu principal alimento são as formigas.

                                                            Cophixalus kulakula

                                                       Cophilaxus pakayakulangun 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DNA... A molécula da vida...

   O DNA é considerado a molécula da vida, pois é nela que está contida todas as características e informações genéticas de um organismo. Nela consta tudo o que você é hoje, quer dizer, consta o que significa cada pedacinho de você.
   O DNA é a parte mais importante de cada célula. Contém informações vitais que passam de uma geração em geração. É através dele que se coordena a sua fabricação, como também a de outros componentes das células, como as proteínas. 
   A sigla DNA é utilizada universalmente, mas no Brasil usa-se também a sigla ADN, que significa ácido desoxirribonucléico.

          Ácido Desoxirribonucléico (DNA ou ADN)

   Sua localização principal é o núcleo da célula. O DNA é um polímero, ou seja, uma macromolécula formada pelo encadeamento de unidades menores, os monômeros. Esses monômeros são chamados de nucleotídeos. Então o DNA é um polinucleotídeo.
   Cada nucleotídeo é o resultado de uma combinação de três moléculas: fosfato, açúcar e base nitrogenada.
   O açúcar (carboidrato) pertence ao grupo dos monossacarídeos (pentose: desoxirribose)
   As bases nitrogenadas pertencem a duas categorias: púricas e pirimídicas. As púricas ou purinas são adenina (A) e guanina (G), e as pirimídicas ou pirimidinas são citosina (C) e timina (T). Essas bases são aquelas letrinhas que se observa em toda figura representativa da molécula de DNA.

          Estrutura

   O DNA é formado por duas cadeias polinucleotídicas que podem ser caracterizadas como: complementares helicoidais, e antiparalelas. Tem a estrutura básica de uma escada de corda, cujos corrimãos são constituídos por uma sucessão de moléculas intercaladas de açúcar e ácido fosfórico. Os degraus da escada são representados por pares de bases nitrogenadas. Cada degrau da escada é constituído de uma purina ligada a uma pirimidina. As cadeias polinucleotídicas chama-se complementares pois, em cada degrau, adenina pareia com timina, e citosina pareia com guanina. A união entre as bases é feita através de duas pontes de hidrogênio entre adenina e timina e três entre citosina e guanina.
   Ocorre o pareamento: A = T e C = G. Devido a complementaridade (A – T e C – G), as duas cadeias são orientadas em sentidos opostos, daí a designação de antiparalelas.

          Duplicação do DNA

   Duplica-se por um processo chamado de semiconservativo. Através de uma enzima específica (DNA-polimerase), ocorre a quebra das pontes de hidrogênio e a separação das duas cadeias. Ao mesmo tempo, cada cadeia completa a sua cadeia complementar através do encadeamento de novos nucleotídeos. O resultado é a formação de duas novas cadeias que conservam, na estrutura, uma metade da molécula mãe. Por isso que uma espécie, mantém estáveis suas características milhares de anos.

          Duplicação, transcrição, tradução e mutação

- Duplicação: o DNA se duplica, originando outro DNA, o que permite a distribuição de informação hereditária idêntica nas células-filhas e nos descendentes.

- Transcrição: o DNA faz RNA. O RNA, no citoplasma, comanda a síntese de proteínas, processo denominado tradução.

- Tradução: processo pelo qual o RNA comanda a síntese protéica.

- Mutação: uma duplicação que envolve um “engano”, levando ao surgimento de características novas.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fruto.... Verdura, legumes ou fruto???

    O que é realmente um fruto?
   A definição é que, fruto é o ovário amadurecido da flor, que após a fecundação, dá origem ao fruto. Depois da fecundação dos óvulos no interior do ovário da planta, há um crescimento deste, que se dá por ação dos hormônios vegetais. É nessa fase que se inicia o processo de composição do fruto: estrutura, cores, consistência e sabores.    
   A função do fruto é proteger a semente e auxiliar na dispersão das mesmas. Essa estrutura (o fruo) é característica do grupo das Angiospermas, plantas que apresentam raiz, caule, folha, flor, semente e fruto.
   Quando as sementes já estão prontas (maduras) pra germinar, o fruto se rompe liberando-as para o solo. Sendo assim, pode-se concluir que a principal função do fruto é justamente proteger a semente enquanto ela se desenvolve. Mas também é responsável pela sua disseminação (da semente) e pode ainda armazenar uma reserva nutritiva.
   Chamamos de frutas a manga, a laranja, e de legumes quiabo, berinjela e outros. Mas, na verdade todos são frutos, pertencem ao mesmo grupo de plantas, desenvolvem basicamente da mesma forma e possui sementes.
   O termo fruta é usado para designar os órgãos vegetais comestíveis adocicados, com sabor agradável. O termo fruto aplica-se a todos os órgãos vegetais que se originam do desenvolvimento do ovário de uma planta. Então, laranja, pêra e goiaba, são frutos e frutas, no entanto, berinjela, quiabo, entre outros, são frutos.

          Estrutura
   Quanto a sua estrutura, o fruto apresenta uma estrutura básica, que são: epicarpo, mesocarpo e endocarpo.

- Epicarpo: camada mais externa do fruto, oriunda da epiderme da folha carpelar. Normalmente é uma camada membranácea e muito fibrosa. É o que conhecemos como a casca.

- Mesocarpo: camada intermediária (entre o epicarpo e o endocarpo). Às vezes armazena alguma substância de reserva. Oriunda dos parênquimas da folha carpelar. É a parte muitas vezes carnosa e comestível.

- Endocarpo: é a camada mais interna, geralmente mais rígida, envolve a semente. Oriunda da epiderme interna do ovário. Às vezes, é bem duro, e forma um caroço, como a da manga, do pêssego e da azeitona.

          Classificação
   Apesar de existir uma enorme variedade de frutos na natureza, eles são classificados em três grupos: frutos simples, compostos e múltiplos (também chamados de infrutescência).

- Frutos simples: originam-se do desenvolvimento do pedúnculo ou do receptáculo de uma única flor. Ex: limão, pêra, maracujá, maçã, mamão.

- Frutos compostos: são frutos que se originam do desenvolvimento do receptáculo de uma única flor, porém com muitos ovários. Ex: morango.

- Frutos múltiplos: ou infrutescências, são frutos que se originam a partir do desenvolvimento de ovários de muitas flores de uma mesma inflorescência, e crescem juntos, unidos. Ex.: figo, amora e abacaxi.

          Quanto à abertura
   Quanto à abertura podem ser classificados como: deiscentes e indeiscentes.

- Fruto deiscente: se abrem após a maturação para liberar as sementes. Quase sempre são secos. Ex: castanha, as vagens.

- Fruto indeiscente: não se abrem quando maduros. Podem ser secos, carnosos ou lenhosos. Ex: laranja, grãos de milho, arroz, trigo, avelã, noz.

          Frutos carnosos
   Podem ser classificados como baga ou drupa.
- Baga: apresentam um ou mais carpelos, com uma ou mais sementes. Ex: tomates, uvas, laranja, abóbora, mamão, melancia, goiaba.

- Drupa: um só carpelo, uma só semente. Ex: ameixa, azeitona, pêssego, abacate, manga, azeitona.

   Toda vez que a parte carnosa do fruto, geralmente comestível, for originada de outra parte da flor que não seja o ovário, o fruto não é verdadeiro. É por isso que eles são chamados falsos frutos.
   A maçã e o morango, por exemplo, são falsos frutos, porque a sua porção carnosa se origina do receptáculo da flor. Na maçã, o verdadeiro fruto é a parte interna, uma espécie de “bolsa” que envolve as sementes. No morango, os verdadeiros frutos são vistos como pequenos pontos escuros espalhados por toda a parte vermelha. O caju também é um falso fruto, pois a parte carnosa resulta do desenvolvimento do pedúnculo floral. Nele, o verdadeiro fruto, que representa o ovário desenvolvido, é a castanha.

          A semente
   O óvulo da flor desenvolvido após a fecundação é a semente. Ela abriga o embrião, a futura planta. Chama-se germinação o processo pelo qual o embrião de dentro da semente se desenvolve originando uma nova planta.
   Muitas sementes não germinam, mesmo que as condições ambientais sejam adequadas. Neste caso, diz-se que elas se encontram em estado de dormência. Para germinar, precisam de outras condições, que podem variar de uma espécie para outra. Sementes de certas variedades de alface, por exemplo, só germinam em presença de luz. Já as sementes de certas variedades de melancia só germinam no escuro.

          Vocabulário
- carpelo: folhas modificadas que fecham sobre os óvulos, formando o ovário das flores.
- parênquima: tecido responsável pela função de determinado órgão.
- inflorescência é a parte da planta onde se localizam as flores, caracterizada pela forma como se dispõem umas em relação às outras.
- infrutescências: é o resultado da fecundação de flores de uma inflorescência, como um cacho de uvas, por exemplo

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Maior ser vivo da Terra...

   Foi descoberto em novembro de 2.000, o maior ser vivo do planeta. Não é a baleia azul, como muitos sempre acham, é um fungo que cresce sob o solo da Floresta Nacional de Malheur, no Estado do Oregon, Estados Unidos.
   O nome científico do fungo gigante é Armillaria ostoyae, conhecido popularmente como cogumelo de mel. Ele nasceu como uma minúscula partícula, impossível de ser vista a olho nu, e através de filamentos foi se estendendo durante um período estimado de 2.400 anos, podendo chegar a 8.000 anos de idade.
   Na superfície consegue apenas se observar suas extremidades junto aos troncos das árvores, mas, sob a terra ele ocupa cerca de 900 hectares – aproximadamente 1.500 campos de futebol. Estima-se que ele cresça de 70 centímetros a 1,20 metro por ano. O seu peso seria em torno de 605 toneladas. 
   Tudo isso foi possível graças a um esporo de fungo que caiu na floresta, encontrou condições favoráveis para o seu desenvolvimento, germinou e iniciou seu ciclo de vida, como qualquer cogumelo comum. Só que as hifas não pararam de crescer. A floresta se tornou o seu enorme alimento. Enquanto se desenvolve, ele vai enfraquecendo as árvores, roubando nutrientes, água e apodrecendo suas raízes.
   Não é possível observá-lo em sua totalidade em cima da terra, pois sua parte visual, são os cogumelos que nascem esporadicamente na floresta. O restante está embaixo da terra. Somente através de vôos, consegue-se notar os danos na floresta. Não são necessariamente danos, pois as árvores que são eliminadas abrem espaço para o surgimento de novas plantas.
   Antes de sua descoberta, o maior ser vivo era outro fungo da mesma espécie, encontrado em 1992. Até os anos 90, o título pertencia a uma árvore sequóia da Califórnia.

sábado, 1 de outubro de 2011

Ártico perde metade de suas plataformas em seis anos...

   As grandes plataformas de gelo do Ártico, formações que datam de milhares de anos, reduziram quase que metade do seu tamanho ao longo dos últimos seis anos.
   Pesquisadores que regularmente analisam imagens de satélite da região também descobriram que a maior parte dessas plataformas se dividiram ao meio no último verão, e outras peças que cobriam uma área quase duas vezes maior que Manhattan se desprenderam no final de julho. 
   As temperaturas consistentemente maiores no Ártico foram a principal causa do gigante declínio.
   De acordo com os pesquisadores, é fascinante testemunhar isso enquanto cientistas, mas, como cidadãos do planeta, é triste ver esse fato acontecer.
   Essas plataformas de gelo são tão grandes quanto antigas. E normalmente são tão grossas quanto um prédio de 10 andares, embora às vezes alcancem mais que o dobro desse tamanho.
   Enquanto o aumento da temperatura do Ártico diminui as plataformas de gelo criando fissuras, ele também está prejudicando as formações, jogando-as diretamente nas águas do Oceano Ártico.
   Historicamente, as plataformas eram protegidas do mar pelas grandes barreiras de gelo de vários anos de idade. Agora que o gelo desapareceu em muitas áreas, as plataforma foram expostas e entram em contato direto com as ondas, causando a destruição quase completa do gelo.
   Além de reduzir o único ambiente que suporta alguns tipos de vida microbiana, o quebrar das plataformas de gelo pode dificultar os planos de explorar a parte do Ártico mais aquecida, como rota de navegação e ou até como bacia de perfuração de petróleo.
   Enquanto a parte oriental do Ártico canadense tem sido atormentada por icebergs que se separaram das geleiras, na parte ocidental isso ainda não havia ocorrido.
   Porém, agora, com as peças das plataformas de gelo se quebrando, enormes icebergs também estão chegando no Ártico ocidental. Esta é uma área do mundo onde as temperaturas estão subindo muito rapidamente – e as plataformas de gelo estão respondendo.