segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Polinização.... E as Flores...

   Polinização é a transferência do pólen da antera de uma flor para o seu próprio estigma, ou, o transporte de grãos de pólen de uma flor para outra. É através deste processo que as flores se reproduzem.
   A transferência de pólen pode ser através de fatores bióticos, ou seja, com auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais.
   A flor é o órgão da planta responsável pela polinização. As células reprodutivas masculinas são os grãos de pólen, localizados nas extremidades das anteras, e as células reprodutivas femininas, são os óvulos, localizados dentro do ovário da flor. A polinização é o ato sexual das plantas espermatófitas, pois, através deste processo o gameta masculino pode alcançar o gameta feminino e fecundá-lo.

   A transferência de pólen pode ocorrer de duas maneiras: através do auxílio de seres vivos (abelhas, borboletas, besouros, morcegos, aves, etc) que transportam o pólen de uma flor para outra, ou por fatores ambientais (através do vento ou da água).
   Além destas duas maneiras, há também a auto-polinização (ou autogamia), ou seja, a flor recebe seu próprio pólen. Há casos em que ela o rejeita, nestas situações, ocorrerá a troca de genes com outras flores, o que resultará em uma variação da espécie. Entretanto, algumas espécies utilizam-se de seu próprio pólen objetivando produzir sementes e garantir a estabilidade de sua população (aqui não ocorrerá a variação, pois não haverá mistura de genes).
   Existem algumas espécies, como as Gimnospermas, onde, na maioria das vezes, a polinização é anemófila (através do vento). Acredita-se que isso seja em decorrência da forma de evolução desta espécie (quando não podiam contar com insetos especializados na coleta de pólen, como as abelhas). Devido a isto, esta espécie possui uma pobre variação morfológica em suas estruturas reprodutivas.
   Conclui-se então, que a polinização é responsável pela reprodução das plantas.
   A polinização pode ser de dois tipos: direta ou indireta.

          Polinização Direta
   A polinização direta pode ser chamada de autopolinização ou autogamia. Acontece quando o pólen sai da antera e cai sobre o estigma da mesma flor, sem a ajuda dos agentes polinizadores. Este tipo de polinização resulta na autofecundação, e isso não é vantajoso para os vegetais, pois impede a formação de novas sementes, e o desenvolvimento de flores férteis e fortes.
   Para evitar que ocorra este tipo de fecundação, as plantas possuem alguns mecanismos de defesa:
- Dicogamia: os órgãos reprodutores da planta amadurecem em épocas distintas através de dois processos, protandria (quando o órgão reprodutor masculino amadurece primeiro que o feminino), e protoginia (o órgão reprodutor feminino amadurece primeiro que o masculino).

- Dioicia: a planta não possui flores com os dois sexos.

- Hercogamia: há um obstáculo entre o gineceu e o androceu (estruturas femininas e masculinas).

- Heterostilia: o estame e o pistilo possuem tamanhos diferentes.

- Auto-esterilidade: a flor não pode ser fecundada pelo seu próprio pólen. 


          Polinização Indireta
   A polinização cruzada ou indireta ocorre quando os grãos de pólen são levados da antera de uma flor até o estigma da outra. Ocorre através de agentes polinizadores.
   Segue abaixo a classificação dos agentes polinizadores:

- Entomofilia: o pólen é conduzido pelos insetos, que são atraídos pelo odor e pela cor das flores. São atraídos também, pela substância produzida pelas flores, o néctar, que contêm grande quantidade de nutrientes, servindo de alimento para os insetos.

- Ornitofilia: o pólen é conduzido pelas aves, sendo o principal agente polinizador, o beija-flor. As aves são atraídas pelas cores vivas, o cheiro agradável e pelo néctar das flores, que também é um alimento para os beija-flores.

- Anemofilia: polinização realizada pelo vento. Neste tipo, não é necessário que a planta seja atraente, ela só deve possuir uma quantidade significante de pólen que tenham facilidade de voar pelos ares. E o estigma deve ter uma eminência para conseguir captar o pólen que vem com o vento.

- Quiropterofilia: polinização realizada por morcegos, que são atraídos por flores de forte odor. A quiropterofilia é um tipo de polinização noturna.

- Hidrofilia: o pólen é transportado pela água. Ocorre em pouca freqüência, geralmente em plantas aquáticas. Por exemplo: Vallisnéria.

           Partes de uma flor
   Como já dissemos, a flor é responsável pela reprodução. Elas se encontram nos galhos periodicamente.
   É formada pela reunião de folhas modificadas presas ao receptáculo floral, que possui formato de um disco achatado. Por sua vez o receptáculo floral fica no topo do pedúnculo floral, que é o "cabinho" da flor.
   Uma flor quando completa apresenta as seguintes estruturas:


- Sépala: são as mais externas, geralmente de cor verde, e exercem a função de proteção do botão floral, fase em que a flor ainda não se abriu. O conjunto de sépalas é chamado  de cálice.

- Pétalas: vêm a seguir da sépala. São brancas ou coloridas e formam a corola (nome derivado de coroa), com função de atrair os chamados agentes polinizadores.

- Estames: ficam dispostos mais internamente no receptáculo. Cada estame possui aspecto de um palito, com uma haste, o filete, sustentando uma porção dilatada, a antera. O conjunto de estames forma o androceu, considerado o componente masculino da flor. Na antera são produzidos os grãos de pólen.

- Carpelo: ocupa o centro do receptáculo floral. É longo notando-se no seu ápice uma ligeira dilatação, o estigma, continuando com um curto estilete, vindo a seguir o ovário. No interior do ovário, existem os óvulos. O carpelo solitário é componente do gineceu, a parte feminina da flor.

- Perianto: formado pelo cálice e a corola, auxiliam no processo reprodutivo.

- Receptáculo: porção dilatada do extremo do pedúnculo, onde se inserem os verticilos florais.

Pendúculo: está posicionado abaixo do receptáculo e é o eixo de sustentação da flor.

Estigma: é a área receptiva do pistilo das flores, onde o grão de pólen inicia a germinação do tubo polínico.

- Antera: é a parte final do estame nas flores. É aqui que são produzidos os grãos do pólen. Essa estrutura floral é dividida em um ou dois compartimentos onde o pólen é armazenado. “Protege” o pólen até seu maturamento completo. Quando isto ocorre a antera se abre para liberar o grão já maduro.

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