quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Mico-leão-dourado...

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Cebidae
Género: Leontopithecus
Espécie: Leontopithecus rosalia 
Comprimento: aproximadamente 32 cm
Cor: amarelo dourado
Peso: em média entre 400 e 700 gramas 
Tamanho: em média 60 cm da cabeça até a cauda.
Tempo de vida: em média 15 anos
Gestação: 4 meses e meio.
Também são chamados de: sagui, sagui-piranga, mico e sauí

   O mico-leão-dourado é conhecido em todo o mundo como símbolo da conservação da natureza no Brasil.
   O habitat deste animal no Brasil é a região montanhosa do sudoeste do Rio de Janeiro.
   Vive em grupos familiares formados, em média, por seis indivíduos, mas pode variar desde dois até 14 indivíduos.
   Não há qualquer diferença de cor de pelo ou tamanho entre o macho e a fêmea da espécie. Na natureza vivem em média, oito anos, mas podem chegar até 10 - 12 anos.
   Podem reproduzir uma ou duas vezes por ano, com gestação de 120 dias e normalmente produzem dois filhotes gêmeos. A fase de reprodução da fêmea ocorre entre os meses de setembro a março.
   Alimentam-se de frutos silvestres, insetos, pequenos vertebrados e, eventualmente, de goma de algumas árvores.
   São animais diurnos e à noite, dormem em ocos de árvores ou em emaranhados de cipós e bromélias. Costumam brigar até a morte para defender seu território.
   Esta espécie está correndo risco de extinção. Porém, a reprodução em cativeiro está apresentando resultados positivos.
   Além da rara beleza que chamava a atenção dos contrabandistas, a destruição das matas foi a razão principal do seu desaparecimento, sendo que, as que ainda hoje constituem o habitat do mico-leão-dourado estão confinadas a pequenas ilhas da Mata Atlânticas no Estado do Rio de Janeiro.
   Protegido pela Lei Federal n° 5.197, de 3 de janeiro de 1967 —"Lei de Fauna", está também incluído na "lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção", portaria N° 1.522, de 19 de dezembro de 1989—IBAMA, além de contar com o Comitê Internacional que trata do programa de recuperação e manejo da espécie, objetivando alcançar o estabelecimento de uma população geneticamente sustentável.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Polinização.... E as Flores...

   Polinização é a transferência do pólen da antera de uma flor para o seu próprio estigma, ou, o transporte de grãos de pólen de uma flor para outra. É através deste processo que as flores se reproduzem.
   A transferência de pólen pode ser através de fatores bióticos, ou seja, com auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais.
   A flor é o órgão da planta responsável pela polinização. As células reprodutivas masculinas são os grãos de pólen, localizados nas extremidades das anteras, e as células reprodutivas femininas, são os óvulos, localizados dentro do ovário da flor. A polinização é o ato sexual das plantas espermatófitas, pois, através deste processo o gameta masculino pode alcançar o gameta feminino e fecundá-lo.

   A transferência de pólen pode ocorrer de duas maneiras: através do auxílio de seres vivos (abelhas, borboletas, besouros, morcegos, aves, etc) que transportam o pólen de uma flor para outra, ou por fatores ambientais (através do vento ou da água).
   Além destas duas maneiras, há também a auto-polinização (ou autogamia), ou seja, a flor recebe seu próprio pólen. Há casos em que ela o rejeita, nestas situações, ocorrerá a troca de genes com outras flores, o que resultará em uma variação da espécie. Entretanto, algumas espécies utilizam-se de seu próprio pólen objetivando produzir sementes e garantir a estabilidade de sua população (aqui não ocorrerá a variação, pois não haverá mistura de genes).
   Existem algumas espécies, como as Gimnospermas, onde, na maioria das vezes, a polinização é anemófila (através do vento). Acredita-se que isso seja em decorrência da forma de evolução desta espécie (quando não podiam contar com insetos especializados na coleta de pólen, como as abelhas). Devido a isto, esta espécie possui uma pobre variação morfológica em suas estruturas reprodutivas.
   Conclui-se então, que a polinização é responsável pela reprodução das plantas.
   A polinização pode ser de dois tipos: direta ou indireta.

          Polinização Direta
   A polinização direta pode ser chamada de autopolinização ou autogamia. Acontece quando o pólen sai da antera e cai sobre o estigma da mesma flor, sem a ajuda dos agentes polinizadores. Este tipo de polinização resulta na autofecundação, e isso não é vantajoso para os vegetais, pois impede a formação de novas sementes, e o desenvolvimento de flores férteis e fortes.
   Para evitar que ocorra este tipo de fecundação, as plantas possuem alguns mecanismos de defesa:
- Dicogamia: os órgãos reprodutores da planta amadurecem em épocas distintas através de dois processos, protandria (quando o órgão reprodutor masculino amadurece primeiro que o feminino), e protoginia (o órgão reprodutor feminino amadurece primeiro que o masculino).

- Dioicia: a planta não possui flores com os dois sexos.

- Hercogamia: há um obstáculo entre o gineceu e o androceu (estruturas femininas e masculinas).

- Heterostilia: o estame e o pistilo possuem tamanhos diferentes.

- Auto-esterilidade: a flor não pode ser fecundada pelo seu próprio pólen. 


          Polinização Indireta
   A polinização cruzada ou indireta ocorre quando os grãos de pólen são levados da antera de uma flor até o estigma da outra. Ocorre através de agentes polinizadores.
   Segue abaixo a classificação dos agentes polinizadores:

- Entomofilia: o pólen é conduzido pelos insetos, que são atraídos pelo odor e pela cor das flores. São atraídos também, pela substância produzida pelas flores, o néctar, que contêm grande quantidade de nutrientes, servindo de alimento para os insetos.

- Ornitofilia: o pólen é conduzido pelas aves, sendo o principal agente polinizador, o beija-flor. As aves são atraídas pelas cores vivas, o cheiro agradável e pelo néctar das flores, que também é um alimento para os beija-flores.

- Anemofilia: polinização realizada pelo vento. Neste tipo, não é necessário que a planta seja atraente, ela só deve possuir uma quantidade significante de pólen que tenham facilidade de voar pelos ares. E o estigma deve ter uma eminência para conseguir captar o pólen que vem com o vento.

- Quiropterofilia: polinização realizada por morcegos, que são atraídos por flores de forte odor. A quiropterofilia é um tipo de polinização noturna.

- Hidrofilia: o pólen é transportado pela água. Ocorre em pouca freqüência, geralmente em plantas aquáticas. Por exemplo: Vallisnéria.

           Partes de uma flor
   Como já dissemos, a flor é responsável pela reprodução. Elas se encontram nos galhos periodicamente.
   É formada pela reunião de folhas modificadas presas ao receptáculo floral, que possui formato de um disco achatado. Por sua vez o receptáculo floral fica no topo do pedúnculo floral, que é o "cabinho" da flor.
   Uma flor quando completa apresenta as seguintes estruturas:


- Sépala: são as mais externas, geralmente de cor verde, e exercem a função de proteção do botão floral, fase em que a flor ainda não se abriu. O conjunto de sépalas é chamado  de cálice.

- Pétalas: vêm a seguir da sépala. São brancas ou coloridas e formam a corola (nome derivado de coroa), com função de atrair os chamados agentes polinizadores.

- Estames: ficam dispostos mais internamente no receptáculo. Cada estame possui aspecto de um palito, com uma haste, o filete, sustentando uma porção dilatada, a antera. O conjunto de estames forma o androceu, considerado o componente masculino da flor. Na antera são produzidos os grãos de pólen.

- Carpelo: ocupa o centro do receptáculo floral. É longo notando-se no seu ápice uma ligeira dilatação, o estigma, continuando com um curto estilete, vindo a seguir o ovário. No interior do ovário, existem os óvulos. O carpelo solitário é componente do gineceu, a parte feminina da flor.

- Perianto: formado pelo cálice e a corola, auxiliam no processo reprodutivo.

- Receptáculo: porção dilatada do extremo do pedúnculo, onde se inserem os verticilos florais.

Pendúculo: está posicionado abaixo do receptáculo e é o eixo de sustentação da flor.

Estigma: é a área receptiva do pistilo das flores, onde o grão de pólen inicia a germinação do tubo polínico.

- Antera: é a parte final do estame nas flores. É aqui que são produzidos os grãos do pólen. Essa estrutura floral é dividida em um ou dois compartimentos onde o pólen é armazenado. “Protege” o pólen até seu maturamento completo. Quando isto ocorre a antera se abre para liberar o grão já maduro.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Baleia-Azul...

Reino: Animália
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetartiodactyla
Gênero: Balaenoptera
Espécie: Balaenoptera musculus

   A Baleia Azul é um animal cosmopolita, pois, pode ser encontrada em todos os oceanos do mundo, tanto no hemisfério Norte como no hemisfério Sul, e atualmente é considerada o maior mamífero da Terra.
   Assim como nós humanos sua respiração é feita através de pulmões. Os mergulhos da baleia-azul costumam durar de três a dez minutos, mas podem chegar até 30 minutos. Nesses mergulhos mais longos, o animal pode atingir uma profundidade de até 200 metros. Tem um sangue quente e amamentam seus filhotes com leite, que bebem cerca de 50 galões por dia, através de glândulas mamárias.
   Se comunicam através de sons que emitem, podendo ser ouvido por quilômetros de distância. Nadam a uma  velocidade de cinco a 15 quilômetros por hora, podendo chegar a 30 quilômetros por hora, quando fogem da orca, seu principal predador.
   A Baleia-Azul se alimenta basicamente de pequenos crustáceos, como o krill, minúsculos “camarões” que flutuam em forma de cardumes próximo à superfície das águas. Uma baleia-azul adulta pode comer até duas toneladas de krill por dia.
   Os machos são menores que as fêmeas. Quando adultos os machos chegam a medir aproximadamente 25m e as fêmeas 27m. Nasce apenas um filhote por vez, e a mãe estabelece uma ligação muito forte com o filhote. A gestação da Baleia-Azul dura de 11 a 12 meses sendo que o filhote nasce com 7 a 8 metros aproximadamente. Os filhotes são amamentados por um período de sete meses, quando atingem quase dez toneladas e treze metros.
   Durante o verão migram para latitudes mais altas, à procura de águas mais frias e altamente produtivas que se localizam em volta das calotas polares. No inverno retornam as águas tropicais ou temperadas para a reprodução e nascimentos dos filhotes. Por volta dos dez anos de vida é que esses animais atingem a maturidade sexual.
   Por causa de seu tamanho, a Baleia-Azul foi muito perseguida e caçada entre o final do século 19 e início do século 20. Matavam as baleias por diversos motivos. Aproveitava-se tudo do animal: as barbatanas, a carne, a gordura e até os ossos. Após a caça de milhões de baleias, em 1966, a Baleia-Azul recebeu proteção no mundo inteiro. Antes do período exploratório, acredita-se que havia cerca de 250 mil representantes da espécie no hemisfério Sul. Nos dias de hoje o número não passa de 1.500, colocando-a na lista dos animais ameaçados de extinção.
   O número de representantes da Baleia-Azul está aumentando no hemisfério Norte, e mesmo assim, será muito difícil chegar perto dos números do passado. Isto porque também, o krill (seu principal alimento), é muito disputado por outros animais além de também ser capturado pelo homem.