quarta-feira, 28 de março de 2012

Minúsculas coisas que nos deixam Doente...

   Nossa relação com vírus, bactérias e outros microorganismos pode ser muito ingrata. Em muitas situações, eles podem invadir nosso corpo e causar enormes danos, desproporcionais a seu minúsculo tamanho, já que sequer podemos vê-los. Mas a tecnologia nos traz microscópios cada vez mais precisos e potentes, que conseguem “agigantar” tais seres e dar uma ideia real de como eles são. Confira uma galeria de fotos reveladoras:

     Giárdia
   Beber água contaminada pode te dar de presente uma colônia destes pequenos protozoários em formato de cone distorcido. A Giardia lamblia ataca o intestino delgado em suas três porções (duodeno, jejuno e íleo), sendo responsável por diarreia e outros sintomas de infecção. Esta imagem foi tirada com um microscópio eletrônico.

     Ebola
   Este vírus já é notório há algumas décadas por ser o causador da temida Febre Hemorrágica Ebola (FHE), doença na qual o paciente começa a ter dores de cabeça e falta de apetite, passa a vomitar ou defecar sangue e pode vir a falecer em menos de uma semana. Visto de tão perto, parece impossível acreditar que este minúsculo organismo em formato de barbante seja capaz de tamanho estrago.

     Influenza
   Em abril de 2009, o vírus influenza H1N1 ganhou as manchetes de jornal do mundo inteiro devido ao risco de pandemia que ele representou. Nesta imagem, tal microorganismo mostra sua verdadeira face.

     Influenza da Gripe Espanhola de 1918
   O mesmo H1N1 que foi motivo de tanta preocupação em 2009 já havia ceifado mais de 500 mil vidas só nos Estados Unidos (algo em torno de 50 milhões no mundo) mais de noventa anos antes. Esta imagem mostra um grupo de vírus daquela época, que foram retirados do rim de um cachorro vitimado pela doença e cuja sequência genética foi recriada pelos cientistas.

     Influenza H5N1
   Outro subtipo do Influenza, cuja aparência é muito diferente de seu “parente” H1N1, é mostrado na imagem em dourado. Este é o responsável pelos casos de Gripe Aviária. As autoridades de saúde temem que ele possa algum dia causar uma pandemia mundial, tal como a de 2009.

     Vírus HIV
    Quando você tenta imaginar o vírus da AIDS, provavelmente não cria em sua mente a imagem destas pequenas partículas em lilás, parecendo uma espécie de bolinho. Todos sabemos do que elas são capazes.

     Pulga
   Este monstruoso inseto gigante, em tons brilhantes de branco e vermelho, nada mais é do que uma pulguinha. Embora pareça mais inofensiva do que alguns outros seres apresentados nesta lista, é a pulga que transmitiu ao homem a altamente contagiosa bactéria da Peste Negra, que tirou a vida de mais de 70 milhões de europeus durante a Idade Média.

     Bactéria da Doença Lyme
   Ao ser picada por uma certa espécie de carrapato, uma pessoa contrai colônias de Borrelia burgdorferi, a bactéria que causa a doença de Lyme. O formato de barbante inclui essa bactéria na categoria das “espiroquetas”, e os sintomas dessa doença são alterações neurológicas e cardíacas.

     Percevejo
   Visto sob as lentes de um microscópio eletrônico, este bicho parece ainda menos amistoso. A maioria das espécies é hematófaga, ou seja, se alimentam de sangue. Imaginar que um bicho desse pode estar atacando nossas veias os torna mais assustadores depois de ver essa foto.

     Olho de um Percevejo 
   Em tons de vermelho, azul e laranja, eis a imagem de um olho deste inseto. Estes olhos compostos, formados por vários “gomos”, recebem o nome técnico de “omatídeos”. Quando um objeto passa em frente ao campo de visão de um inseto, cada unidade do omatídeo abre e fecha rapidamente.

Fonte: hypescience.com

segunda-feira, 19 de março de 2012

Biodigestor...

   Biodigestor é mais uma chance de solução de geração de energia renovável (biogás) e ao mesmo tempo oportunidade de transformar dejetos orgânicos em adubo orgânico (biofertilizante).
   É um processo destinado a produção de biogás, principalmente o metano, através do tratamento de esgoto sem utilizar produtos químicos. É uma câmara hermeticamente fechada onde matéria orgânica diluída em água sofre um processo de fermentação anaeróbia (sem presença de oxigênio), o que resulta na produção de um efluente líquido de grande poder fertilizador (biofertilizante) e gás metano (biogás).   
   A matéria orgânica contida nos dejetos é digerida por bactérias que realizam um processo de fermentação anaeróbica (ocorre na falta de oxigênio), acarretando em um gás de possível utilização para geração de energia.  
   Esse processo que as bactérias realizam é dividido em três fases: Hidrólise, Ácida e Metanogênica.

   Fase Hidrólise: nesta fase as bactérias liberam para o meio enzimas extracelulares com função de hidrolizar partículas, quer dizer, quebram as macromoléculas de polissacarídeos (moléculas grandes) em ácidos orgânicos (ácido butílico e láctico), alcoóis, H2 e CO2. Realizam também a fermentação de proteínas e lipídios.

   Fase Ácida: as bactérias produzem ácidos transformando as moléculas de gorduras, proteínas e carboidratos em moléculas de ácidos orgânicos, etanol, hidrogênio, dióxido de carbono, amônia, dentre outras.

   Fase Metanogênica: nesta última fase, as bactéria metanogênicas atuam sobre o hidrogênio e dióxido de carbono transformando-os em metano (biogás). É a fase mais demorada, pois durante as reações químicas formam-se microbolhas de metano e dióxido de carbono em torno das bactérias, isolando-as do contato com a mistura. Por causa desse isolamento, é recomendável que ocorra uma agitação na mistura do biodigetsor para desfazer as bolhas.

   Principais vantagens do Biodigestor:
- Produção de energia elétrica ligada diretamente na rede;
- Utilização em geradores e aquecedores;
- Queima do biogás excedente com eliminação do mau cheiro emitido pelos dejetos;
- Reduz a emissão de poluição, pela diminuição da emissão de metano e óxido nitroso para a atmosfera, diminuindo o efeito estufa.
- Melhoria da qualidade do meio ambiente
- Utilização do composto orgânico como adubo.

Fontes: http://www.cerpch.unifei; http://www.suapesquisa; http://www.ecofocus.com.br; http://biodigestor.zzl.org.

domingo, 11 de março de 2012

Os 10 Ovos mais Fascinantes do Mundo...

   Confira os ovos mais intrigantes do mundo animal...

10. Ovos de Tubarão

   O ovo de tubarão, apelidado de “bolsa de sereia”, não tem um formato padronizado: apesar de esta foto mostrar um exemplar retangular com uma leve curva nas pontas, existem outros desenhos já observados. Mas o tamanho assusta: a maioria das espécies bota ovos que alcançam o tamanho de uma mão humana adulta e eventualmente acabam aparecendo na beira da praia em algumas regiões do mundo.
   Já houve registros, no entanto, de ovos colossais com mais de 2 metros de comprimento. A mãe bota os ovos e os acompanha até descerem ao fundo do oceano, momento em que os filhotes são deixados à própria sorte. Em alguns casos, há dois ou mais bebês de tubarão dentro do mesmo ovo, e eles atacam uns aos outros até que apenas o mais forte sobreviva.

9. Ovos de Polvo

   Às fêmeas de polvo botam centenas de milhares de ovos de uma só vez, geralmente sobre saliências em pedras ou corais. A partir dali, fica de guarda para evitar o ataque de predadores até que os filhotes nasçam. Mesmo depois do nascimento, ela os vigia enquanto se alimentam de plâncton até que consigam explorar o mar por si mesmos.
   Como esse processo às vezes leva muito tempo, a mãe começa a ficar faminta e acaba comendo um de seus próprios tentáculos para sobreviver. Ainda assim, ela geralmente morre nas mãos de um predador logo depois que a “missão” está completa, porque fica muito fraca para se defender de ataques.

8. Ovos de Peixes

   O modo como os peixes botam ovos varia de espécie para espécie, mas há um ponto em comum: nenhuma mãe realmente fica para ver seus filhos nascerem. A maioria dos peixes não pratica a cópula: a mãe escolhe um local, bota os ovos, e então o macho os injeta com esperma. Em alguns casos a relação é ainda mais “impessoal”: a fêmea os deixa à mercê sem saber quem irá fecundá-lo. Apesar disso, as espécies têm ótimo senso de encontrar lugares seguros para a desova.

7. Ovos de Passarinho
   O trabalho de construir um ninho, além da constante atenção antes e depois que os ovos chocam, sugere que as fêmeas de pássaro têm alto apreço por seus filhotes. A casca dos ovos, em geral, é feita de carbonato de cálcio, um material forte que dá resistência ao ovo. A grande variedade visual entre cada animal é fruto da necessidade de evitar predadores: para uma melhor camuflagem no ambiente, os ovos podem ser manchados ou malhados em várias cores.

6. Ovos de Dinossauro
   É uma pena que não exista um ovo “fresco” para ser analisado, mas o material para estudos não deixa de ser muito rico: alguns ovos já encontrados contêm filhotes de dinossauro fossilizados dentro, o que deu um grande impulso tanto ao estudo dos ovos em si quanto dos dinossauros adultos.
   A variedade entre as espécies é enorme: existem ovos esféricos, em forma de comprimido, em forma de gota ou de concha. O tamanho também oscila, mas nenhum encontrado até hoje é extremamente grande: os maiores apresentam 60 centímetros de comprimento por 20 de largura. Uma característica marcante é a dureza da casca: em geral, servia para suportar o peso do próprio embrião.

5. Ovos de Esponjas e Medusas
   Assim como os peixes, não ocorre fecundação interna. Em quase todos os casos, não há sequer divisão entre macho e fêmea. Os ovos, apesar disso, não deixam de ter sua particularidade e diferença de cores, tamanhos e aspectos. O modo de reprodução é que varia bastante: enquanto existem algumas espécies sexuadas, nas quais um mesmo indivíduo lança óvulos e espermas ao solo para que fecundem, outras espécies apenas soltam no ambiente algumas de suas células, e dali nasce um ovo.

4. Ovos de Insetos
   Algumas fêmeas de inseto fazem o curioso procedimento de guardar consigo uma quantidade de esperma do macho, e só fecundá-lo em ovos depois de um tempo indeterminado. Alguns machos, dessa forma, morrem antes de ter a chance de ver seus filhos nascerem.
   Algumas espécies de formigas e cupins chegam ao cúmulo de controlar até o Ph e a umidade do ambiente em que os ovos estão, até que nasçam os filhotes. Outras espécies são menos cuidadosas, mas ainda assim constroem engenhosos ninhos em árvores ou preferem botar os ovos na água, para que os filhotes passem por um período de adaptação antes de voar.

3. Ovos de Anfíbio
   Embora alguns anfíbios conquistem a terra firme depois da fase de girino, quase todas as espécies botam seus ovos ainda na água. A imagem do ovo parece de uma célula: o embrião geralmente fica visível porque é revestido por uma camada de gel transparente, que tem a função de manter os ovos juntos.
   Alguns sapos carregam seus ovos consigo para evitar o risco de deixá-los em um ambiente sem água o suficiente. Na maioria das vezes, o ovo choca e o girino ainda leva um tempo até seus membros se desenvolverem. Existem animais, no entanto, em que o embrião passa a ser girino e depois um pequeno adulto ainda dentro do ovo, e pode ir direto para a terra quando ele choca.

2. Ovo de Équidnas e Ornitorrincos
   A ordem animal dos monotremados (orinitorrinco e équidnas), em geral, já causa estranheza por seus animais adultos. O próprio fato de botarem ovos já é inusitado, pois eles nada mais são do que mamíferos. Mas os ovos ficam maturando no corpo da própria mãe, que o nutre com os próprios recursos corporais. Após a eclosão, a mãe cuida dos filhotes por entre 4 e 6 meses.
   O ovo em si se parece com uma batatinha: quase esférico, pequeno e amarelo. Uma curiosidade bizarra é o fato da fêmea monotremada não ter mamas: para amamentar os filhotes, ela “sua” leite, que é bebido diretamente do abdome pelos recém nascidos.

1. Vivíparos
   Por vivíparos, entende-se o grupo de animais em que o embrião cresce dentro do corpo da mãe, e recebe os nutrientes vitais através de uma placenta até o nascimento. Nem todos os vivíparos, no entanto, são como os humanos: há exemplos, em algumas espécies de cobras, peixes, baratas e escorpiões, em que realmente é gerado um ovo dentro do corpo da mãe, e ele choca lá dentro mesmo.
   A viviparidade, conforme os cientistas explicam, permite uma relação mais estreita e direta entre a mãe e o filhote. A consequência disso é positiva: biologicamente, fica mais fácil o desenvolvimento de animais de anatomia mais complexa. É por essa razão que a maior parte dos mamíferos são vivíparos.

Fonte: http://hypescience.com.

sábado, 3 de março de 2012

Parasitas possibilitaram a evolução do útero...

   O útero dos mamíferos existe como conhecemos hoje graças a parasitas genéticos que invadiram nosso genoma há mais de 100 milhões de anos, mudando drasticamente a forma como os mamíferos se reproduzem, de acordo com um novo estudo.
   As alterações moleculares permitiram que os mamíferos carregassem seus filhotes com mais segurança, tendo o desenvolvimento dentro do útero – ao invés de colocá-los em ninhos ou em bolsas.
   A equipe que estudou a história evolutiva da gravidez analisou células encontradas no útero associadas com o desenvolvimento da placenta, e as comparou com a composição genética das células de gambás – marsupiais que dão à luz duas semanas após a concepção – com a de tatus e seres humanos, mamíferos que são parentes distantes com alto desenvolvimento de placenta (que nutre os fetos durante os nove meses de desenvolvimento).
   Os pesquisadores encontraram mais de 1,5 mil genes que foram expressos apenas no útero dos mamíferos placentários.
   Curiosamente, a expressão desses genes no útero é coordenada por elementos de transposição – peças essencialmente egoístas de material genético que se replicam sem o genoma do hospedeiro, que costumam ser chamadas de “DNA lixo”.
   Elementos de transposição crescem com parasitas que invadem o corpo, se multiplicando e ocupando espaço no genoma. Mas eles também podem ativar ou reprimir genes relacionados com a gravidez.
   Eles funcionam como unidades de regulamentação que se instalam em um genoma hospedeiro, que depois o recicla fazendo com que ele desempenhe funções inteiramente novas, facilitando a comunicação materno-fetal.
   Nas últimas duas décadas, tem havido uma série de mudanças dramáticas em nossa compreensão sobre como a evolução funciona. Normalmente acredita-se que as mudanças só ocorrem com pequenas mutações em nosso DNA que se acumulam ao longo do tempo. Mas, no caso do útero, é possível que uma operação genética enorme tenha alterado amplas áreas do genoma criando grandes mudanças morfológicas.