quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dengue...



          História da "Dengue"
   O mosquito transmissor da dengue é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, período das Grandes Navegações. Admite-se que o vetor foi introduzido no Novo Mundo, no período colonial, por meio de navios que traficavam escravos. Ele foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo – Aedes aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século 19, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela.
   No Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século IXX, em Curitiba (PR), e do início do século XX, em Niterói (RJ). 
   No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue. Na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros.
   Segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira ocorrência do vírus no país, documentada clínica e laboratorialmente, aconteceu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos vírus DENV-1 e DENV-4. Anos depois, em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada.

          O que é a dengue?
   “A dengue é uma doença transmitida por um mosquito chamado Aedes aegypti, parecido com um pernilongo comum, só que é menor e mais escuro, com listas brancas. Quando ele pica uma 
pessoa com dengue fica contaminado e passa a transmitir a doença, picando outras pessoas sadias.”

          Qual é o hábito do mosquito da dengue?
   “O mosquito da dengue tem por hábito picar durante o dia e desenvolve-se somente em água parada e limpa.”

          A dengue pode ser controlada?
   “A dengue pode ser completamente controlada e até acabar, se tomarmos medidas muito simples, para que o mosquito não encontre condições de se reproduzir.”

          A dengue pode ser tratada?
   “A dengue comum, se for tratada logo, tem cura. A dengue hemorrágica é mais grave. Os sintomas, no início, são os mesmos da dengue comum, só que quando a febre acaba, a pressão cai, surgem sangramentos, os lábios ficam roxos, a pessoa tem fortes dores no abdômen e ora sente sonolência, ora fica agitada.

          O que é dengue hemorrágica?
   Quando alguém se contamina com o vírus da dengue, desenvolve a doença, que dura uma semana sem outras complicações. Mas, se a pessoa se contaminar outra vez, com um outro tipo de vírus da dengue, ela pode desenvolver a forma hemorrágica da doença. Por exemplo, uma pessoa pode se contaminar com o vírus da dengue tipo 1 e depois de um tempo se contaminar pelo vírus tipo 2. Nesse caso, ela pode desenvolver uma forma grave da doença - é a chamada dengue hemorrágica, em que a pessoa doente pode ter sangramentos com choque e morte.

          O que é Dengue Tipo 4? 
   O avanço do vírus tipo 4 da dengue pelo Brasil é uma ameaça à saúde pública. Não pelo vírus em si, que não é mais nem menos perigoso que os tipos 1, 2 e 3, mas pela entrada em ação de mais uma variação do microorganismo.
   Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, oDNE-3 e o DEN-4. Causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. A pessoa só pode ter dengue quatro vezes.

   A explicação do problema provocado pelo vírus 4 está no sistema imunológico do corpo humano. Quem já teve dengue causada por um tipo do vírus não registra um novo episódio da doença com o mesmo tipo. Ou seja, quem já teve dengue devido ao tipo 1 só pode ter novamente se ela for causada pelos tipos 2, 3 ou 4.
   Se houvesse só um tipo de vírus, ninguém poderia ter dengue duas vezes na vida.
   A possibilidade da reincidência da doença é preocupante. Caso ocorra um segundo episódio da dengue, os sintomas se manifestam com mais severidade. 
          O que devo fazer se desconfiar que estou contaminado?
   “Aos primeiros sintomas deve-se procurar imediatamente um médico ou um posto de saúde. Não se deve tomar nenhum remédio caseiro sem indicação do médico e principalmente não usar remédios à base de ácido acetil salicílico (AAS e aspirinas). A pessoa deve ficar em repouso, ingerir muito líquido e só tomar remédios recomendados pelo médico, para melhorar as dores e a febre. Quanto antes se iniciar o tratamento, maiores as chances de cura.”

          Curiosidade
   Os ovos depositados pela fêmea conseguem sobreviver mesmo sem a água (por isso que devemos lavar os recipientes). Só que, para o seu desenvolvimento, é necessário que haja água. Então, se em qualquer local que houver ovos ressecados que foram depositados por uma fêmea Aedes aegypti, ocorrer acumulo de água, esses ovos irão terminar o seu ciclo de desenvolvimento, os ovos irão eclodir, e nascerá centenas de mosquitos, pois, as fêmeas chegam a botar 450 ovos por vez. 

          Como prevenir a dengue
   - Troque a água todo dia e lave muito bem com bucha ou escova, os bebedouros de animais, pois, os ovos e larvas do mosquito da dengue ficam grudados nas vasilhas.
   - Não deixe água parada nos pratos de vasos e xaxins. Lave os pratos com escova ou bucha e coloque areia grossa umedecida.
   - Evite plantas com babosas, bambus, bromélias, bananeiras, espadas-de-São-Jorge, gravatás e outras que acumulam água, ou elimine a água acumulada nas plantas após a chuva ou as regas.
   - Os pneus velhos devem ser furados e guardados em lugar coberto, para não acumular água quando chove, e também ferro velho, máquinas, peças de automóveis, material de construção, tambores usados etc.
   - Esvazie as garrafas e vidros sem uso e guarde de boca para baixo, de preferência em lugar coberto. Caixas d´agua, poços, tambores, latões, filtros ou quaisquer recipientes usados para armazenar água, como copos plásticos, latas, tampinhas de garrafa, sacos plásticos ou de papel deves ser jogado no lixo reciclável.
- Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
- Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
- Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
- Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
- Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.
- Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.
- Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.


           Últimas Descobertas: Anticorpo que sufoca o vírus da "Dengue"
   A dengue é uma doença que não tem cura, os médicos só podem tratar os sintomas (tentar baixar a febre e diminuir a dor) e aguardar que a doença siga seu curso. O vírus da dengue, que se apresenta em quatro subtipos diferentes, mata pelo menos 20.000 pessoas por ano, a maioria crianças.
   Mas esta história está para mudar. Coletando amostras de sangue de 100 pessoas que se recuperaram da dengue, pesquisadores encontraram, no meio de 200.000 anticorpos, um que ataca o vírus e o sufoca, matando-o antes mesmo que ele tenha a chance de infectar uma única célula.
   O anticorpo foi capaz de eliminar todas as cepas do vírus da dengue do subtipo 1 em testes com cobaias. Os testes clínicos devem começar em breve, em pacientes de Singapura, onde 90% dos pacientes de dengue estão infectados com vírus do subtipo 1 e 2.
   Os especialistas também vão revirar suas bibliotecas em busca de anticorpos eficazes também para os subtipos 2, 3 e 4. O professor Paul MacAry, professor assistente de microbiologia da faculdade de medicina da Universidade de Singapura revelou que já encontraram um anticorpo contra o subtipo 2, mas que ainda está nos testes preliminares.
   No Brasil, a dengue está sendo combatida principalmente por medidas profiláticas, de combate aos focos de mosquito. Houve uma queda de 84% dos óbitos nos quatro primeiros meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2010. Há dois anos, foram registradas 467 mortes pela doença no país, sendo reduzidas para 74 em 2012. Quanto aos casos graves da doença, estes caíram de 11.845, entre janeiro e abril de 2010, para 1.083, no mesmo período de 2012. Em 2012, os subtipos 1 e 4 foram os mais comuns, com 59,3% e 36,4% dos casos, respectivamente. Foram avaliadas 2.098 amostras positivas.

Fontes: http://www.dengue.org.br, http//portal.saude.gov.br, http//www.ioc.fiocruz.br, http://hypescience.com


terça-feira, 19 de junho de 2012

As mais belas "Ondas"....

   O "Surf" é um esporte mais antigo do que se imagina. Relatos da atividade no Havaí, ou “hee nalu” como é chamado o surf em havaiano, aparecem desde 1779, no qual havaianos nativos são descritos montando uma prancha de madeira sobre as ondas de Kealakekua Bay, na Ilha Grande do Havaí.
   Reza a lenda que o surf nasceu na antiga Polinésia e prosperou no Havaí. Já foi um esporte reservado para a alii (a realeza havaiana), e por isso é muitas vezes chamado de “esporte dos reis”.
   A razão do surf ser uma grande atração no Havaí são suas ondas.
   Nick e CJ são fotógrafos especializados em registrar ondas. Usaram câmeras fotográficas padrão envolvidas numa proteção à prova d’água e coragem de arriscar a vida em nome ao registro da Mãe Natureza.
   Segundo os fotógrafos, conseguir essas imagens não é fácil e é preciso muita paciência, tanto, que passam a maior do seu tempo na água.
   Confira algumas de suas obras-primas:








Observação: Dedico essas maravilhosas ondas a um casal de amigos que eu adoro, Kelyssa e Daniel, que são apaixonados por uma prancha em cima de uma onda.... 


Fonte: http://hypescience.com 

sábado, 9 de junho de 2012

Digestão...

   Os alimentos não servem apenas para serem saboreados, eles contêm energia para o funcionamento do nosso organismo e materiais para a construção do nosso corpo.
   Mas para serem aproveitados pelo nosso organismo, os alimentos têm de ser transformados em moléculas menores. Essa transformação recebe o nome de "digestão" e acontece em um tubo chamado "tubo digestório", que começa na boca e termina no intestino grosso.
   Algumas moléculas, como as proteínas, os lipídios, a sacarose e o amido, são grandes demais para serem absorvidas e precisam ser digeridas.
   A água, as vitaminas e os sais minerais são substâncias relativamente pequenas e não precisam ser digeridas. 

          Aspectos gerais da digestão
   Digestão é o conjunto de processos pelos quais as moléculas que formam os alimentos são transformadas em substâncias assimiláveis pelas células. A digestão consiste desde a ingestão do alimento na boca até sua assimilação pelas células do organismo. Costuma-se distinguir dois tipos de digestão: mecânica e química.

. Mecânica: consiste na trituração dos alimentos. A mastigação, a deglutição e os movimentos peristálticos são processos mecânicos da digestão. É realizada pelos dentes, língua e contrações da musculatura lisa presente na parede do tubo digestório.

. Química: consiste na quebra de moléculas orgânicas por ação de enzimas hidrolíticas. É realizada por enzimas secretadas por células glandulares presentes no revestimento interno do tubo digestório e por glândulas anexas: as glândulas salivares e o pâncreas.

   O sistema digestório humano compreende as seguintes estruturas: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
   As glândulas salivares, o fígado e o pâncreas são órgãos anexos ao tubo digestório humano.

          Enzimas digestórias
   O nosso corpo produz vários tipos de enzimas digestórias. Cada tipo de enzima é capaz de digerir somente determinada espécie de molécula presente nos alimentos.
   Assim as amilases são enzimas que atuam somente sobre o amido; as proteases, tripsina e a quimotripisina agem sobre as proteínas; as lípases sobre os lipídios; a amilopsina sobre os polissacarídios e o glicogênio; as ribonucleaes e desoxirribonucleases, que digerem, respectivamente, RNA e DNA; e assim por diante.
   Há substâncias que nenhuma enzima humana é capaz de digerir. Uma delas é a celulose, que participa da formação da parede celular das células vegetais. Como a celulose é uma molécula grande demais para ser digerida, ela é eliminada com as fezes.

          A Boca
   É a primeira estrutura do sistema digestório. O alimento começa a ser digerido, assim que entra na boca. Pela mastigação os dentes reduzem os alimentos sólidos a pequenos pedaços, o que facilita a ação enzimática.
   Anexas a boca estão três pares de glândulas salivares, que são órgãos produtores de saliva.
   A presença de alimento na cavidade bucal, bem como sua visão e paladar, leva nosso sistema nervoso central a estimular as glândulas salivares a secretar a saliva.
   A saliva contém uma enzima do tipo amilase, chamada ptialina, que age sobre o amido e o transforma em maltose, uma variedade de açúcar formado por duas moléculas de glicose. Os sais presentes na saliva neutralizam substâncias ácidas eventualmente presentes no alimento, mantendo o grau de acidez próximo da neutralidade (pH em torno de 6,7), ideal para a ação da amilase salivar.
   Durante a mastigação, a língua movimenta o alimento no interior da cavidade bucal, misturando-o com a saliva, processo conhecido como insalivação. Na superfície da língua há dezenas de papilas gustativas, cujas células identificam os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo.
   O alimento já triturado e misturado a saliva é chamado de "bolo alimentar", que é empurrado pela língua para o fundo da faringe, rumo ao esôfago, processo esse conhecido como deglutição.
   O bolo alimentar deglutido é impulsionado por “ondas” de contração da parede esofágica, chegando ao estômago de 5 segundos a 10 segundos. As ondas rítmicas de contração do esôfago e de outras partes do tubo digestório são chamadas de ondas peristálticas, ou peristaltismo, sendo responsáveis pelo deslocamento dos alimentos desde a boca até o ânus.

          Faringe
   A faringe é um órgão cavitário alongado em forma de funil, situada logo após a boca. Ela se comunica com a boca, com as cavidades nasais, com a laringe e com o esôfago.
   Quando o alimento chega à faringe, os músculos de sua parede se contraem e empurram o alimento para o esôfago.

          Esôfago
   É um órgão em forma de tubo, com paredes flexíveis e que mede aproximadamente 25 centímetros de comprimento. Em sua parte superior comunica-se com a faringe; em sua parte inferior, comunica-se com o estômago. 

          Estômago
   O estômago é um órgão muscular em forma de saco. É separado do esôfago pelo esfíncter da cárdia, e do intestino delgado pelo esfíncter pilórico (pirolo). Essas estruturas atuam como válvulas, mantendo o alimento dentro do estômago. A cárdia impede o refluxo do alimento para o esôfago, e o pirolo controla a passagem do alimento para o intestino delgado e impede o seu retorno.
   Esse órgão é revestido internamente por uma membrana chamada mucosa gástrica, que possui glândulas especiais para a fabricação do suco gástrico, uma solução aquosa rica em ácido clorídrico (HCl) e em enzimas que atuam na digestão de proteínas. Quando chega ao estômago, o alimento recebe o suco gástrico. O ácido clorídrico é produzido pelas células parietais e a enzima pepsina, pelas células principais.
   A pepsina é a principal enzima ativa no suco gástrico, ajudando na digestão das proteínas quebrando as ligações peptídicas entre certos aminoácidos. Os produtos dessa quebra são cadeias de aminoácidos relativamente longas, conhecidas como peptonas. A pepsina é secretada pelas células principais em uma forma inativa, chamada pepsinogênio. Ao entrar em contato com o ácido clorídrico, o pepsinogênio transforma-se na enzima ativa, a pepsina, que, por sua vez, estimula a transformação de mais pepsinogênio em pepsina.
   Outra enzima presente no suco gástrico é a renina, produzida em grande quantidade no estômago de recém-nascidos e de crianças e, em pequena quantidade, no estômago de pessoas adultas. A renina provoca a coagulação da caseína, a principal proteína do leite, fazendo com que ela permaneça por mais tempo no estômago e seja mais bem digerida.
   O ácido clorídrico torna o conteúdo estomacal fortemente ácido, o que contribui para eliminar microorganismos, amolecer os alimentos e favorecer a ação da pepsina, enzima que precisa estar em meio fortemente ácido para atuar. Apesar de estarem protegidas por uma densa camada de muco, as células da superfície estomacal também são atacadas pelo suco gástrico e, por isso, são continuamente substituídas.
   O alimento pode permanecer no estômago por quatro horas ou mais, transformando-se em uma massa acidificada e semilíquida denominada quimo. À medida que a digestão estomacal ocorre, o esfíncter pilórico relaxa-se e contrai-se alternadamente, liberando pequenas porções de quimo para o duodeno.

          Intestino Delgado
   É nesse órgão que a digestão dos alimentos se completa. Ele é revestido internamente por uma membrana chamada mucosa intestinal. Milhares de pequenas glândulas localizadas na mucosa intestinal produzem uma secreção denominada suco intestinal ou suco entérico, que contém diversas enzimas. As principais são enteroquinase, que transforma tripsinogênio em tripsina, e as pepti-dases, que completam a digestão das proteínas e das peptonas formadas no estômago, decompondo-as em aminoácidos. Há, também, enzimas chamadas genericamente de carboidrases, que atuam na digestão de dissacarídios como a maltose e a sacarose.
   O intestino delgado compreende em três partes: duodeno, jejuno e íleo.
   O duodeno tem, aproximadamente, 25 centímetros de comprimento. Nele desemboca dois ductos: um deles libera o suco pancreático (produzido no pâncreas); o outro libera a bile (produzida no fígado).
   O jejuno e o íleo têm aproximadamente 4 metros de comprimento.
   É neles que a digestão se completa e os nutrientes são absorvidos. O íleo é mais longo que o jejuno. A digestão no intestino delgado ocorre pela ação conjunta do suco pancreático, o suco intestinal e a bile.
          
          Enzimas que atuam no intestino delgado
   O suco pancreático é produzido no pâncreas e contém várias enzimas digestórias. Entre elas, destacam-se:
- amilase pancreática ou amilopsina: digere o amido, transformando-o em maltose;
- lipase pancreática: age sobre os lipídios, transformando-os em ácidos graxos e glicerol;
- protease pancreática ou tripsina: digere proteínas;
- quimotripsina: age também sobre as proteínas e peptonas, transformando-as em moléculas menores, com poucos peptídios;
- ribonucleases e desoxirribonucleases: digerem, respectivamente, RNA e DNA. 
   A bile é um líquido amarelo-esverdeado produzido no fígado (em média cerca de 700 ml por dia) e armazenado na vesícula biliar, que a libera no intestino delgado. A bile não contém enzimas digestórias, mas possui os sais biliares, que emulsionam (dividem) óleos e gorduras, transformando-os em gotículas. Isso facilita a ação das lípases pancreáticas.
   O suco intestinal ou entérico contém várias enzimas digestórias. entre elas:
- peptidases: atuam sobre pedaços de proteínas, transformando-os em aminoácidos livres;
- sacarases: agem sobre a sacarose, convertendo-a em glicose e frutose;
- lactase: agem sobre a lactose, convertendo-a em glicose e galactose;
- maltases: atuam sobre a maltose, convertendo-a em glicose.

          Intestino Grosso
   Depois de passar pelas transformações catalisadas pelas enzimas do suco entérico e do suco pancreático, o quimo transforma-se em um líquido esbranquiçado, passando a se chamar quilo.
   Os restos não aproveitados de uma refeição levam cerca de 9 horas para chegar ao intestino grosso, onde permanecem, em média, por 1 a 3 dias. Nesse tempo há grande proliferação de bactérias na massa de resíduos e parte da água e dos sais nela contidos é absorvida. Com isso na região do colo, os resíduos solidificam-se transformando-se em fezes. Cerca de 30% da parte sólida das fezes compõem-se de bactérias vivas e mortas; os 70% restantes são constituídos por sais, muco, fibras de celulose e outros componentes não digeridos. A cor escura das fezes é devida a presença de pigmentos proveniente da bile.
   No caso de infecção intestinal, o intestino grosso aumenta seu peristaltismo. Consequentemente, as fezes não permanecem no intestino suficiente para que a água seja absorvida; o resultado é a eliminação de fezes líquidas ou semilíquidas, disfunção intestinal conhecida como diarreia.  

          Flora Intestinal
   No intestino grosso proliferam diversos tipos de bactérias, essas, mantêm relações de troca de benefício com seus hospedeiros humanos. Essas bactérias produzem substâncias úteis como as vitaminas K, B12, tiamina e riboflavina, entre outras, e nós, em retribuição fornecemos abrigo e alimento a elas. As bactérias úteis do intestino constituem a flora intestinal; sua presença evita a proliferação de bactérias patogênicas que poderiam causar doenças.

          Pâncreas e Fígado
   O pâncreas de uma pessoa adulta tem cerca de 15 cm de comprimento, 4 cm de altura e 2 cm de espessura. Essa glândula produz bicarbonato e várias enzimas digestivas que são liberadas no duodeno. O bicarbonato liberado pelo pâncreas e pelo fígado torna o pH básico nessa região do intestino, o que é importante para a atividade das enzimas digestivas que atuam nessa região do tubo digestório.
   O pâncreas também produz dois hormônios, a insulina e o glucagon, que participam do controle da glicose no sangue. A insulina reduz e o glucagon aumenta o nível dessa substância no sangue.
   Há dois tipos básicos de células secretoras no pâncreas: exócrinas, que secretam enzimas digestivas, e endócrinas, que secretam os hormônios insulina e glucagon. As células pancreáticas secretoras de enzimas formam pequenas bolsas denominadas ácinos pancreáticos, dos quais partem ductos secretores que se fundem formando o ducto pancreático.
   O fígado é a maior glândula de nosso corpo. Pesa cerca de 1,5 Kg, tem cor marrom-avermelhada e localiza-se no lada direito do abdome, na altura das últimas costelas. Produz a bile.