sábado, 10 de setembro de 2011

Bactérias...

   Acredita-se que elas existam a cerca de 3 bilhões de anos. Provavelmente é o ser vivo mais antigo do planeta.
   Essa grande vilã de tantas enfermidades também é fundamental em muitos fatores para o homem, para outros seres vivos e para a natureza.
   Muitas bactérias são utilizadas pelo ser humano na fabricação de produtos como vinagres, queijos e iogurtes. Algumas são utilizadas na indústria farmacêutica ajudando na cura de enfermidades. Outras são decompositoras da matéria orgânica no meio ambiente.
   Nessa postagem, você saberá um pouco mais sobre algumas características e métodos de reprodução das bactérias.

          Formas das bactérias
   Quanto à forma podem ser classificadas em bacilo, espirilo, vibrião, estreptococos, estafilococos e cocos.
- Bacilo: forma de bastonete.
- Espirilo: forma espiral.
- Vibrião: forma de uma vírgula.
- Estreptococos: fileira de cocos.
- Estafilococos: em forma de cacho.
- Cocos: forma arredondada.

          Nutrição das bactérias
   Podem ser, autótrofas ou heterótrofas:

- Autótrofas: produzem substâncias orgânicas realizando a quimiossíntese ou a fotossíntese.

- Heterótrofas: obtêm alimento orgânico, vivendo como parasitas ou saprófitas. A obtenção de energia, contida nos alimentos, é feita pela respiração aeróbica ou da fermentação.

          Reprodução
   As bactérias conseguem se reproduzir muito rapidamente, gerando centenas de descendentes em poucas horas.
   Sua reprodução pode ocorrer de duas formas, assexuadamente por divisão simples (também chamada bipartição ou cissiparidade) e por conjugação, quando ocorre recombinação do material genético.

- Divisão Simples: assexuadamente se dividem em duas, gerando outra bactéria geneticamente idêntica, isso, se não ocorrer mutação (alteração genética).

- Conjugação: ocorre a recombinação do material genético. Duas bactérias diferentes se unem através de uma ponte citoplasmática. Uma bactéria (doadora) introduz parte do seu material genético em outra bactéria (receptora). Após esse processo as duas bactérias se separam e no interior da bactéria receptora ocorre recombinações gênicas. Em seguida essa mesma bactéria (receptora) sofre também o processo de reprodução assexuado por bipartição, gerando uma bactéria com carga genética idêntica ao material recombinado com a outra bactéria.
   Através do processo de conjugação aumenta a possibilidade de variabilidade genética, o que favorece para as populações bacterianas a adaptação a determinados ambientes.

          A reciclagem do meio ambiente pelas bactérias  
   Algumas bactérias são chamadas decompositoras desempenhando um papel importantíssimo de reciclagem para o meio ambiente.
   Junto com os fungos, elas atuam na natureza decompondo organismos mortos ou resíduos de seres vivos eliminados no meio ambiente.
   Através da decomposição transformam a matéria orgânica morta em inorgânica simples (sais minerais e certos gases). Esse material é reaproveitado por outros seres vivos, principalmente os clorofilados.
   Os seres vivos decompositores são fundamentais para o equilíbrio biológico em todos os ecossistemas da Terra, permitindo a reciclagem da matéria na natureza.

          Doenças e Bactérias
   Tanto os seres humanos como outros seres vivos sofrem com certas doenças causadas por bactérias, como tuberculose, tétano, cólera, meningite, leptospirose, sífilis, gonorréia, hanseníase e outras. Mas, sobre as doenças bacterianas falaremos em outras postagens.


Fontes: hypescience.com; BARROS, Carlos. Os seres vivos – 7º ano. 4ª edição. Ática São Paulo 2009 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lixo Espacial...

                       
  
   O termo lixo espacial é usado para todos os objetos que foram criados pelo homem e posteriormente lançados à órbita, que depois de utilizados para uma função específica, permanecem na órbita do planeta sem mais nenhuma utilidade. Há uma diversidade de materiais largados no espaço, como pedaços de satélites, foguetes, ferramentas e outros.
   Todos esses objetos não utilizados que permanecem em órbita são perigosos tanto para o local onde estão, colocando a vida de astronautas em risco e comprometendo o desempenho de satélites que estão em utilização para diversas necessidades do planeta, como também, podem a qualquer momento entrar na atmosfera causando grandes danos para o planeta ou para a própria vida.
   Mesmo sendo um problema de extrema urgência, não se tem soluções imediatas e eficientes já estabelecidas.
   A NASA (agência espacial norte-americana) precisa urgentemente de um plano estratégico para diminuir os riscos impostos por todo esse lixo espacial ao redor da Terra. Esses objetos estão a uma velocidade aproximademente de 28.164 quilômetros por hora, afirma o Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA – uma organização privada e sem fins lucrativos que fornece consultoria científica.
   O primeiro choque espacial ocorreu em 2009, quando um satélite de telecomunicação da Iridium e um satélite russo não-operacional colidiram 789 quilômetros acima da Sibéria, gerando milhões de novos detritos em órbita.
   O volume de detritos monitorados pela Rede de Vigilância Espacial saltou de 9.949 objetos catalogados em dezembro de 2006 para 16.094 em julho de 2011.
   A quantidade de lixo em órbita chegou a um nível extremo, com detritos suficientes para causar colisões contínuas e criar ainda mais destroços, pois cada colisão gera outros diversos novos fragmentos.
   O engraçado, é que a única regra estabelecida sobre esse assunto (lixo espacial), é que um país não pode recolher o lixo de outro país.
   Se esses problemas não começarem a serem resolvidos, viagens espaciais, colocação de novos satélites, e mesmo a vida das pessoas no planeta, estão seriamente comprometidas.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Protetor Solar de Coral...

   Uma descoberta interessante da natureza pode ser usada a nosso favor: a defesa natural dos corais contra os prejudiciais raios ultravioleta do sol pode se tornar uma pílula de proteção solar para os seres humanos.
   Uma equipe de cientistas visitou a Grande Barreira de Corais da Austrália para entender os processos genéticos e bioquímicos por trás do dom inato do coral.
   Ao estudar algumas amostras do coral Acropora, eles acreditam que podem sinteticamente replicar em laboratório os compostos principais responsáveis pela sua habilidade.
   Antes de criar uma versão em pílula, a equipe planeja testar uma loção que contém os mesmos compostos que os encontrados em corais.
   Para fazer isso, eles vão copiar o código genético que o coral usa para fazer os compostos e colocá-lo em bactérias em laboratório, que podem duplicar e produzir grandes quantidades do mesmo rapidamente. Os cientistas não usarão o coral em si, pois é uma espécie em extinção.
   Pesquisadores sabiam há algum tempo que corais e algumas algas podem se proteger dos raios UV em climas tropicais, produzindo seus próprios protetores solares. No entanto, até agora, eles não sabiam como.
   “O que descobrimos é que as algas que vivem dentro do coral fazem um composto que nós pensamos ser transportado para o coral que, em seguida, o modifica em um protetor solar para o benefício de ambos, corais e algas”, diz Paul Long, um dos cientistas responsável por essa pesquisa.
   Não só o composto protege de danos UV, como os cientistas notaram que os peixes que se alimentam dos corais também se beneficiam da proteção solar, por isso ela é claramente passada na cadeia alimentar.
   Isto pode significar que as pessoas serão capazes de obter proteção solar embutida na pele e nos olhos, tomando um comprimido contendo os compostos. Mas, por agora, a equipe está concentrando seus esforços em uma loção.
   “Uma vez que recriarmos os compostos, podemos colocá-los em uma loção e testá-los nas peles descartadas após a cirurgia cosmética. Nós não saberemos o quanto de proteção contra o sol os compostos podem nos dar até os testarmos”, explica Long.
   Além da necessidade de melhores protetores solares, outra meta de longo prazo da pesquisa é saber se os processos também poderiam ser usados para o desenvolvimento de agricultura sustentável no Terceiro Mundo.
   Os compostos naturais encontrados em filtro solar de coral poderiam ser usados para produzir plantas de culturas tolerantes à UV, capazes de suportar a luz solar tropical.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Rastro das Estrelas no Céu....

   O fotógrafo australiano Lincoln Harrison registrou o rastro que as estrelas deixam no céu durante a rotação da Terra. Foi necessário de 13 a 15 horas de exposição para ser capturada cada imagem. Ele acampou nas margens do lago Eppalock, no Estado de Vitória, no sudoeste do país, para realização do trabalho. Harrison permanece desde o nascer até o pôr do Sol em um mesmo lugar para conseguir.

                               
     Fotógrafo australiano captou os rastros das estrelas (Foto: Lincoln Harrison/Caters)


                               
   Período de exposição de cada foto foi de 13 a 15 horas (Foto: Lincoln Harrison/Caters)


                               
   Rastros das estrela formam figuras coloridas no céu (Foto: Lincoln Harrison/Caters)


                               
                                               (Foto: Lincoln Harrison/Caters)


                                 
Harrison explora o contraste do céu com a Terra nas fotografias (Foto: Lincoln Harrison/Caters)


Fonte: g1.globo.com

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dia da Amazônia... 5 de setembro...


   No dia 5 de setembro é comemorado o dia da Amazônia, uma magnífica floresta com sete milhões de quilômetros quadrados, dentre cinco milhões e meio de florestas. É a maior floresta do mundo, sendo considerada o patrimônio natural mai valioso da humanidade.
   Ocupa 60% do território brasileiro com uma área que abrange oito países. Abriga um quinto das águas doces do mundo, com a maior bacia hidrográfica, com extensão de sete milhões de quilômetros. Os principais rios que formam a bacia são, além do Amazonas, os seus afluentes: Negro, Trombetas, Japurá, Madeira, Xingu, Tapajós, Purus e Juruá.
   A Amazônia é o lar de uma infinidade de espécies animais, vegetais e arbóreas conhecidas e desconhecidas, além de ser o regulador do equilíbrio climático global. Também é fonte de matérias primas alimentares, florestais, medicinais e minerais.
   Infelizmente, é ameaçada por inúmeras atividades predatórias como extração de madeira, mineração, obras de infra-estrutura e a conversão da floresta em áreas para pasto e agricultura.
   Essa enorme e importantíssima floresta ainda guarda muitas surpresas, como divulgado recentemente pelo WWF-Brasil após uma expedição ao noroeste do Mato Grosso, a descoberta de um primata do gênero Callicebus, nunca descrito antes pela Ciência.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Remédios Vencidos... Como Descartar???

   Em todos os medicamentos há diversas substâncias químicas que podem contaminar o solo, fauna, flora, água, a própria saúde humana, e por causa disso, não devem ser descartados no lixo comum. O descarte incorreto dessas substâncias é quase um “crime” ambiental. O termo “crime ambiental” é apenas um desabafo, pois isso não é realmente considerado um crime pelos órgãos que deveriam ser “competentes”.
   Infelizmente não existem postos de coletas, e a maior parte da população não sabe como descartar corretamente, então, acabam jogando esses remédios em lixo comum.
   Por causa das diversas enfermidades, toda a população utiliza uma grande variedade de tipos diversos de remédios, só que na maioria das vezes sempre acaba sobrando alguns comprimidos nas caixas, xarope nos vidros e até ampolas de injeção. Tudo isso fica guardado nos armários até perder a validade. E o que fazer com eles então?
   De acordo com um estudo da Faculdade Oswaldo Cruz, sete a cada dez consumidores jogam os remédios no lixo comum, o que é uma atitude perigosa, pois resíduos de medicamentos podem contaminar o solo e a água quando descartados incorretamente.
   Algumas pessoas questionam a possibilidade de devolver nas farmácias ou entregá-los em uma Unidade Básica de Saúde, mas, segundo Luiz Carlos da Fonseca e Silva, médico e especialista em Vigilância Sanitária da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), diz que o consumidor não pode devolver os remédios para as drogarias e farmácias. “As drogarias e farmácias não têm obrigação legal para aceitá-los e, além disso, haveria risco de comercialização indevida do produto”, afirma. Quando questionado, sobre o que fazer para resolver o problema do descarte dos remédios vencidos, diz que a Agência faz parte do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. “É um órgão regulador e a fiscalização fica sob responsabilidade das vigilâncias sanitárias dos estados, municípios e do Distrito Federal. As normas existentes dizem respeito aos estabelecimentos de serviços de saúde; ainda não foram editadas normas que abranjam o consumidor final com relação ao descarte de medicamentos.”
   O médico informa que “estados e municípios têm autonomia para legislação própria, desde que não contrariem as normas federais. Caso existam legislações estaduais e municipais, as mesmas devem ser observadas”. E acrescenta, “os riscos dos itens descartados devem ser sempre analisados. No caso de medicamentos, devem ser avaliados os riscos existentes nos princípios ativos dos mesmos, levando-se ainda em consideração a quantidade que está sendo descartada, a forma farmacêutica e os possíveis danos ambientais decorrentes do descarte dos mesmos”.
   É impressionante como um assunto tão sério e tão urgente não tenha uma solução única e imediata, com leis e normas federais para que fossem obrigadas a serem cumpridas.
   Nas cidades brasileiras, não existe um sistema de coleta específico para medicamentos. Uma resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), obriga os fabricantes a receberem os produtos de volta, mas o ideal é consultar o sistema de atendimento da empresa. As embalagens de vidro e plástico podem ser descartadas como qualquer outra: lave o recipiente e faça a separação.
   Uma maneira para diminuir a quantidade de medicamentos a serem descartados, é a compra de remédios fracionados, isto é, comprar somente a quantidade necessária ao uso, o que evita o acúmulo desnecessário. A prática é pouco comum entre as farmácias.     
   Uma das alternativas para evitar o descarte de medicamentos no lixo comum e na rede de esgoto seria a criação de pontos para coleta dos remédios vencidos para que sejam encaminhados para o descarte adequado. Deveriam ser recolhidos por uma empresa especializada e incinerados.
   Em Porto alegre existem estabelecimentos que fazem o recolhimento de medicamentos para serem descartados de forma correta. Embora ainda não haja normas para este tipo de serviço, algumas farmácias e postos de saúde prestam este serviço à população numa atitude de tentar amenizar os problemas causados pelos fármacos ao meio ambiente.
   Em outros países, uma solução foram as caixas de aço que servem para o descarte dos medicamentos, que lembram as antigas caixas de correspondência dos correios. Nessas caixas apenas há uma abertura na parte superior para serem despejadas as caixas dos medicamentos sem alternativas para acesso aos medicamentos já depositados. O acesso restrito ao conteúdo da caixa somente se dá para a empresa responsável pelo destino final do medicamento. Essas caixas de descartes costumam ser disponibilizadas nos departamentos policiais e universidades.
   Como ainda não há leis federais par este assunto, e pelo jeito não terá tão cedo, o que podemos fazer é cobrar dos responsáveis dos nossos municípios uma atitude imediata, pois o risco de contaminação pelo descarte incorreto é um fato real, e que prejudica imensamente o “nosso” meio ambiente. Através de pequenas atitudes podemos ter grandes soluções. Pensem nisso, é mais sério do que se imagina.


Fontes: planetasustentavel.abril.com.br; pfarma.com.br; g1.globo.com; saúde.hagah.com.br

domingo, 4 de setembro de 2011

Alexander Fleming... Antibióticos...

   Antibióticos, são substâncias capazes de impedir o desenvolvimento e crescimento de microrganismos capazes de causar infecções no organismo. São substâncias desenvolvidas a partir de fungos, bactérias ou elementos sintéticos (produzidos em laboratórios farmacêuticos).
   Os antibióticos são extremamente úteis na Medicina atual. Sem eles, algumas infecções bacterianas poderiam ser fatais para o ser humano. Só devem ser tomados sob orientação médica. Seu uso pode acarretar efeitos colaterais indesejáveis, além do que, se ingeridos de forma incorreta ou por tempo prolongado, favorecem a seleção de bactérias resistentes a eles. Se isso ocorrer, terá surgido uma nova variedade de bactéria mais difícil de combater, oferecendo assim, mais riscos à saúde humana.
   A palavra antibiótico vem do grego, e significa contra a vida – não contra a nossa vida, mas contra a vida das bactérias.
   O primeiro antibiótico usado com sucesso no tratamento de infecções foi a penicilina. Antes do desenvolvimento da penicilina muitas pessoas morriam de doenças que, hoje em dia, são facilmente curadas.
   A penicilina salvou a vida de milhões de soldados feridos nos campos de batalha durante a Segunda Guerra Mundial. Graças aos antibióticos, doenças como sífilis, gonorréia, pneumonia e tuberculose deixaram de ser fatais. Sabemos hoje, que a penicilina que já salvou tantas vidas também pode provocar reações alérgicas sérias em algumas pessoas e, pode até levar a morte. Apesar disso, a penicilina ainda é o antibiótico mais usado em todo mundo.

         Alexander Fleming


   Quem descobriu a penicilina foi o cientista Alexander Fleming. A descoberta aconteceu em 1928, enquanto o pesquisador trabalhava num hospital de Londres, na Inglaterra, em busca de uma substância que pudesse ser usada no combate a infecções bacterianas (causadas por bactérias).
   Alexander Fleming nasceu em 6 de agosto de 1881, em Lochfield, no condado escocês de Ayr, no Reino Unido.
Formou-se na escola de medicina do Hospital Saint-Mary, em Londres, e logo começou a pesquisar os princípios ativos antibacterianos, que acreditava não serem tóxicos para o tecido humano. Durante a primeira guerra mundial, serviu no corpo médico da Marinha, sem interromper as pesquisas. Nessa época foi que percebeu o quanto era urgente produzir um medicamento eficaz contra as bactérias. Terminada a guerra, foi nomeado professor de bacteriologia do Hospital Saint-Mary e, mais tarde, diretor adjunto.
   Em 1921, Fleming identificou e isolou a lisozima, uma enzima bacteriostática (que impede o crescimento de bactérias), presente em certos tecidos e secreções animais, como a lágrima e a saliva humana, e na albumina do ovo.
   Em 1928 era professor do colégio de cirurgiões e estudava o comportamento da bactéria Staphylococcus aureus, em um processo que os cientistas chamam de cultura, ou seja, colocava bactérias numa placa cheia de nutrientes, em condições favoráveis para que crescessem e multiplicassem, a fim de poder observá-las.
   No mês de agosto daquele ano (1928), Fleming tirou férias e por esquecimento, deixou em cima da mesa no laboratório, placas de cultura de uma bactéria responsável, na época, por graves infecções no corpo humano (Staphylococcus aureus), esquecendo de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural.
   Quando retornou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo, fato que é relativamente freqüente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Fleming estava prestes a lavar as placas, quando Dr. Merlyn Pryce, seu antigo assistente, entrou no laboratório e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming pegou novamente as placas para explicar detalhes quando percebeu que, em uma das placas, havia um halo transparente em torno do mofo contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. Aparentemente, o fungo que tinha causado o mofo estava secretando uma substância que matava as bactérias, que posteriormente seria o fungo da penicilina. Fleming identificou esse fungo como pertencente ao gênero Penicillium, dando-lhe o nome de Penicillium notatum e, por isso, chamou a substância produzida por ele, penicilina. Posteriormente, descobriu-se que a penicilina matava também outros tipos de bactérias, e que não era tóxica para o corpo humano, o que significava que poderia ser usada como medicamento.
   A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecções humana, até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939.
   Em 1940, mais de uma década depois, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina - a era dos antibióticos.
   Em 1941 o novo produto começou a ser comercializado nos Estados Unidos, com excelentes resultados terapêuticos no tratamento de doenças infecciosas.
   Fleming, foi reconhecido universalmente como descobridor da penicilina e eleito membro da Royal Society em 1943. Um ano depois, foi sagrado cavaleiro da coroa britânica. Em 1945, Sir Alexander Fleming obteve novo reconhecimento por seu trabalho de pesquisa ao receber o Prêmio Nobel de fisiologia e medicina, junto com os americanos Chain e Florey.
   O cientista teve oportunidade de acompanhar a repercussão de sua descoberta e a evolução dos antibióticos, medicamentos dos mais utilizados no mundo e responsáveis pela cura de doenças graves, como a tuberculose. Morreu em Londres, em 11 de março de 1955.


Fontes: www.museudavida.fiocruz.br; www.biomania.com.br; usuarios.cultura.com.br; UnB.br; suapesquisa.com.

sábado, 3 de setembro de 2011

Nanotecnologia...... O que é isso???

   Já faz muito tempo quando se falou pela primeira vez em nanotecnologia. Em 1959 um físico chamado Richard Feymman comentou brevemente sobre um conceito desta tecnologia. Comentou a respeito do poder de manipulação de átomos e moléculas, algo que resultaria em componentes tão pequenos que o homem nem poderia ver. E realmente muita coisa aconteceu de lá pra cá.
   Hoje a nanotecnologia está presente em muitos componentes eletrônicos, desde computadores até aparelhos da medicina e outros tantos itens que possuem alta tecnologia.
   Os conceitos sobre nanotecnologia são promissores, mas muita coisa ainda precisa ser descoberta. O objetivo principal não é chegar a um controle preciso e individual dos átomos, mas elaborar estruturas estáveis com eles.
   A nanotecnologia estuda a manipulação da matéria numa escala atômica e molecular, utilizando medidas que variam entre 1 a 100 nanômetros. Seu princípio básico é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos. Nanômetro é uma unidade de medida, assim como metro, centímetros, etc.
   Para melhor compreensão vamos comparar as unidades de medidas. Um centímetro é um centésimo de um metro, um milímetro é um milésimo de um metro e um micrômetro (µm) é um milionésimo de um metro e um nanômetro (nm) é um bilionésimo de um metro. Observe abaixo algumas unidades de medidas um pouco diferentes da que utilizamos no dia-a-dia. Micrômetro (µm); Nanômetro (nm) e Ângstrom (Å).

          1µm = 1/1.000mm                                  1nm = 1/1.000.000mm
          1µm = 1/1.000.000m                               1Å = 1/10nm  
          1nm = 1/1.000µm

   Um nanômetro ainda é grande comparado à escala atômica. Um átomo tem um diâmetro de cerca de 0,1 nm. O núcleo de um átomo é muito menor, cerca de 0,00001 nm.
   Tudo no nosso Universo é formado por átomo. Você e tudo mais a sua volta são feitos de átomos. Nossos corpos são montados de uma maneira específica por milhões de células vivas, então, as células são as “nanomáquinas” da natureza. Na escala subatômica, os elementos estão no seu nível mais básico. Na nanoescala, potencialmente “pode-se” colocar esses átomos juntos para fazer quase qualquer coisa.
   Em um seminário chamado “Small Wonders: The World of Nanoscience” (Pequenas Maravilhas: O Mundo da Nanociência), Horst Störmer, ganhador do prêmio Nobel, disse que a nanoescala é mais interessante que a escala atômica porque é o primeiro ponto onde podemos montar algo – pelo menos até começarmos a juntar os átomos e fazermos alguma coisa útil.  
   A nanotecnologia está rapidamente se tornando um campo intermultidisciplinar. Biólogos, químicos, físicos e engenheiros estão envolvidos no estudo de substâncias à escala nanométrica, Störmer espera que as diferentes disciplinas desenvolvam uma linguagem comum e se comuniquem entre si. Só então, ele diz, nós efetivamente ensinaremos nanociência, já que você não pode compreender o mundo da nanotecnologia sem uma base sólida em múltiplas ciências.
  

Fontes: cencia.hsk; tecmundo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Controle da luz com uso da nanotecnologia

    Atualmente, as regras convencionais da Física afirmam que a reflexão e a refração se baseiam apenas no ângulo que o raio faz com a superfície atingida e nas propriedades físicas dos meios envolvidos (ar, água, vidro).
   Mas os pesquisadores norte-americanos descobriram que as equações atuais são insuficientes para explicar o comportamento dos raios quando incidem sobre nanosuperfícies metálicas.
   Pesquisadores da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram fazer com que raios de luz sejam refletidos e refratados de uma forma que não é prevista pelas leis centenárias da Óptica. O trabalho é tema da edição desta semana da revista "Science".
   A luz viaja a velocidades diferentes quando passa por meios diferentes como o ar, a água e o vidro. Já no vácuo, a rapidez da luz é próxima a 300 mil quilômetros por segundo e permanece sempre a mesma.
   O grupo coordenado pelo cientistas Federico Capasso descobriu que a própria fronteira - quando corretamente manipulada - entre as duas superfícies pode servir como um terceiro meio para alterar o comportamento da luz.

   Na pesquisa, o grupo de Harvard usou superfícies de silicone que foram cobertas por um emaranhado de antenas de ouro minúsculas. Os cientistas alteraram o material em um nível muito menor do que o comprimento das ondas de luz.
   Cada antena pode "aprisionar" a luz e segurar a energia por determinado tempo, antes de liberá-la. Com a disposição correta das antenas, a direção da luz conseguiu ser alterada antes de entrar na nova superfície.

   O resultado foi fenômenos ópticos curiosos, com a luz sendo refletida e refratada de maneira arbitrária, dependendo da textura da superfície na qual incidia. O grupo de Harvard adicionou um termo às equações já consagradas da Óptica para representar a influência da fronteira entre as duas superfícies no comportamento da luz.
   Quando essa fronteira não tiver influência, as velhas equações voltam a funcionar. A pesquisa pode levar os cientistas a controlarem até mesmo a frequência (cor), a amplitude (brilho) e a polarização da luz, criando um feixe totalmente "arquitetado" de luz.


Fonte: g1.ciênciaesaúde

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Independência ou Morte?

   Sete de Setembro, Rio Ipiranga, Independência, D. Pedro, liberdade... Cadê o sol da liberdade e dos raios fúlgidos? Será que estão escondidos nos barracos das favelas ou atrás de algum balcão de atendimento hospitalar? Será que não está sob a sombra das bandeiras e brasões nas arquibancadas do país? Sinceramente, a felicidade de um feriado no meio da semana é inegável, já que as horas de trabalho, o esforço e a luta de quem luta para sobreviver nesse imenso Feudo Latino-Americano são estafantes e exigem fortes doses de “Fé”, coragem, demagogia patriótica, e boas fotos de paisagens que provavelmente nunca serão pisadas por quem sua no sol escaldante dessa Pátria Amada.
 Acredito que esse “gigante pela própria natureza” ainda permanece “deitado em berço esplendido”, carregado por ventos que vêem do Norte, rumo a “Terra do Nunca”, dirigido por Deus -apenas por Deus- criados pelas belas e longas correntes de água, às orlas do Atlântico, servos pagando suas “corvéias”, buscando “um sonho intenso, um raio vívido” que ainda não brilhou, não iluminou “à luz do
 Novo Mundo” as ruas escuras das favelas, os vagões lotados do metrô, noites longas de enchentes e muito menos embaixo dos escombros que rolaram dos morros.
  Viva a Independência, viva o feriado, viva os grandes shows, vivam os fogos queimados nesse dia, vamos descansar bastante que amanhã às 5:30 toca o despertador....
                                                                                          
                                          Antonio Augusto

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fezes de Panda..... Possível combustível alternativo......

   O combustível alternativo é uma das possibilidades para combater, ou pelo menos diminuir, o aquecimento global. Eles podem ser usados em uma possível substituição dos combustíveis convencionais.
   Como exemplo, podemos citar o biodiesel. Ele pode ser usado em carros ou qualquer outro veículo com motor diesel. Fabricado a partir de fontes renováveis (soja, mamona e outros), emite menos poluentes em relação aos combustíveis convencionais.
   A última novidade sobre os combustíveis alternativos foi tema de discussão no encontro, que ocorreu terça-feira (30), da Sociedade Americana de Química, nos Estados Unidos. Os cientistas divulgaram uma pesquisa sobre o uso de fezes de urso panda na produção de biocombustível a partir da celulose.
   As fezes do panda, contêm bactérias que agem de forma intensa na quebra de matérias vegetais, chamadas lignocelulose, e que são encontradas no capim, em talos de milho e lascas de madeira.
   O responsável pelo estudo, Ashli Brown, informa que a aplicação deste material orgânico poderia acelerar a produção dos combustíveis a partir de celulose e reduziria a dependência de alimentos preciosos como o milho e a cana de açúcar (principais componentes dos combustíveis alternativos atuais), além do petróleo.
   As bactérias do sistema digestivo, dos pandas-gigantes (Ailuropoda melanoleucaI), quebram a celulose das plantas consumidas. Por dia, cada panda desta espécie, consome até 40 quilos de bambu. As fezes utilizadas na pesquisa, que durou um ano, vieram de animais abrigados no zoológico de Memphis.
   “Esperamos que os resultados ajudem no desenvolvimento dos biocombustíveis no futuro, além de reforçar a importância da conservação da vida selvagem”, afirmou Ashli.
   Agora, é só esperar e torcer, pra que os resultados finais de todo este processo seja positivo e possível.

Fonte: g1.ciência e saúde; biodieselbr.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Computador de DNA...

   Sabemos que DNA (ácido desoxirribonucléico), são moléculas contidas no núcleo de todas as células. É nele que estão todas as informações de todas as características de um ser vivo. Ele é formado por bases nitrogenadas (adenina, citosina, timina e guanina), que se ligam em pares formando a sequência da molécula de DNA. Dentro do núcleo de apenas uma célula contém todas as informações que formam um organismo. É através de reações químicas que o DNA consegue o resultado de todos os seus processamentos.
   É necessário apenas uma molécula de DNA para se processar variadas informações, pois, o material genético que constitui os seres vivos tem uma incrível capacidade de armazenamento.
   Acredita-se que um miligrama de DNA é capaz de guardar todos os materiais impressos do mundo.
   A partir de todas essas observações, está sendo analisada, a possibilidade da construção de um computador de DNA. Essa criação é uma das mais aguardadas do século, só que ainda está em sua fase inicial de testes.
   Um processador molecular é um dispositivo cujos circuitos são formados por moléculas de DNA e não por transistores de silício, como os processadores tradicionais.
   Há anos os cientistas tentam construir computadores a partir do DNA. Mas conseguir porções de DNA de dimensões nanoscópicas, que possam ser utilizadas como circuitos elétricos capazes de resolver problemas lógicos têm sido um grande desafio.
   O “computador” em teste tem 100 desses circuitos e já é capaz de jogar um jogo-da-velha e vencer seus oponentes humanos em todas as partidas, à exceção de alguns empates.
   O que espera alguns cientistas, é que no futuro, um computador à base de DNA poderá ser implantado no corpo, tanto para diagnosticar e matar células cancerosas quanto para monitorar e tratar doenças como o diabetes, liberando insulina no organismo quando necessário.


Fontes: hype science; tecmundo; inovação tecnológia.