domingo, 4 de setembro de 2011

Alexander Fleming... Antibióticos...

   Antibióticos, são substâncias capazes de impedir o desenvolvimento e crescimento de microrganismos capazes de causar infecções no organismo. São substâncias desenvolvidas a partir de fungos, bactérias ou elementos sintéticos (produzidos em laboratórios farmacêuticos).
   Os antibióticos são extremamente úteis na Medicina atual. Sem eles, algumas infecções bacterianas poderiam ser fatais para o ser humano. Só devem ser tomados sob orientação médica. Seu uso pode acarretar efeitos colaterais indesejáveis, além do que, se ingeridos de forma incorreta ou por tempo prolongado, favorecem a seleção de bactérias resistentes a eles. Se isso ocorrer, terá surgido uma nova variedade de bactéria mais difícil de combater, oferecendo assim, mais riscos à saúde humana.
   A palavra antibiótico vem do grego, e significa contra a vida – não contra a nossa vida, mas contra a vida das bactérias.
   O primeiro antibiótico usado com sucesso no tratamento de infecções foi a penicilina. Antes do desenvolvimento da penicilina muitas pessoas morriam de doenças que, hoje em dia, são facilmente curadas.
   A penicilina salvou a vida de milhões de soldados feridos nos campos de batalha durante a Segunda Guerra Mundial. Graças aos antibióticos, doenças como sífilis, gonorréia, pneumonia e tuberculose deixaram de ser fatais. Sabemos hoje, que a penicilina que já salvou tantas vidas também pode provocar reações alérgicas sérias em algumas pessoas e, pode até levar a morte. Apesar disso, a penicilina ainda é o antibiótico mais usado em todo mundo.

         Alexander Fleming


   Quem descobriu a penicilina foi o cientista Alexander Fleming. A descoberta aconteceu em 1928, enquanto o pesquisador trabalhava num hospital de Londres, na Inglaterra, em busca de uma substância que pudesse ser usada no combate a infecções bacterianas (causadas por bactérias).
   Alexander Fleming nasceu em 6 de agosto de 1881, em Lochfield, no condado escocês de Ayr, no Reino Unido.
Formou-se na escola de medicina do Hospital Saint-Mary, em Londres, e logo começou a pesquisar os princípios ativos antibacterianos, que acreditava não serem tóxicos para o tecido humano. Durante a primeira guerra mundial, serviu no corpo médico da Marinha, sem interromper as pesquisas. Nessa época foi que percebeu o quanto era urgente produzir um medicamento eficaz contra as bactérias. Terminada a guerra, foi nomeado professor de bacteriologia do Hospital Saint-Mary e, mais tarde, diretor adjunto.
   Em 1921, Fleming identificou e isolou a lisozima, uma enzima bacteriostática (que impede o crescimento de bactérias), presente em certos tecidos e secreções animais, como a lágrima e a saliva humana, e na albumina do ovo.
   Em 1928 era professor do colégio de cirurgiões e estudava o comportamento da bactéria Staphylococcus aureus, em um processo que os cientistas chamam de cultura, ou seja, colocava bactérias numa placa cheia de nutrientes, em condições favoráveis para que crescessem e multiplicassem, a fim de poder observá-las.
   No mês de agosto daquele ano (1928), Fleming tirou férias e por esquecimento, deixou em cima da mesa no laboratório, placas de cultura de uma bactéria responsável, na época, por graves infecções no corpo humano (Staphylococcus aureus), esquecendo de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural.
   Quando retornou ao trabalho, em setembro, observou que algumas das placas estavam contaminadas com mofo, fato que é relativamente freqüente. Colocou-as então, em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol. Fleming estava prestes a lavar as placas, quando Dr. Merlyn Pryce, seu antigo assistente, entrou no laboratório e lhe perguntou como iam suas pesquisas. Fleming pegou novamente as placas para explicar detalhes quando percebeu que, em uma das placas, havia um halo transparente em torno do mofo contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma substância bactericida. Aparentemente, o fungo que tinha causado o mofo estava secretando uma substância que matava as bactérias, que posteriormente seria o fungo da penicilina. Fleming identificou esse fungo como pertencente ao gênero Penicillium, dando-lhe o nome de Penicillium notatum e, por isso, chamou a substância produzida por ele, penicilina. Posteriormente, descobriu-se que a penicilina matava também outros tipos de bactérias, e que não era tóxica para o corpo humano, o que significava que poderia ser usada como medicamento.
   A descoberta de Fleming não despertou inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins terapêuticos em casos de infecções humana, até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939.
   Em 1940, mais de uma década depois, Sir Howard Florey e Ernst Chain, de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma nova era para a medicina - a era dos antibióticos.
   Em 1941 o novo produto começou a ser comercializado nos Estados Unidos, com excelentes resultados terapêuticos no tratamento de doenças infecciosas.
   Fleming, foi reconhecido universalmente como descobridor da penicilina e eleito membro da Royal Society em 1943. Um ano depois, foi sagrado cavaleiro da coroa britânica. Em 1945, Sir Alexander Fleming obteve novo reconhecimento por seu trabalho de pesquisa ao receber o Prêmio Nobel de fisiologia e medicina, junto com os americanos Chain e Florey.
   O cientista teve oportunidade de acompanhar a repercussão de sua descoberta e a evolução dos antibióticos, medicamentos dos mais utilizados no mundo e responsáveis pela cura de doenças graves, como a tuberculose. Morreu em Londres, em 11 de março de 1955.


Fontes: www.museudavida.fiocruz.br; www.biomania.com.br; usuarios.cultura.com.br; UnB.br; suapesquisa.com.

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